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Certificação da madeira é consenso entre madeireiros, ongs e governo

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A busca por maior qualidade do produto madeireiro passa por vários caminhos e um dos mais importantes é a certificação. No Fórum Floresta Sustentável, em Alta Floresta, empresários do setor madeireiro, governos do estado, municipal e ONG”s debatem os desafios da exploração sustentável da floresta. O evento começou na segunda e vai até esta quarta-feira. Na mesa da tarde de segunda-feira a certificação foi abordada de diversas formas.

A Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso expôs as exigências para obtenção da Licença Ambiental Única (LAU) e descartou a necessidade de mais um documento. Afrânio Migliari, superintendente de Gestão Florestal da SEMA (Secretaria de Estado de Meio Ambiente) afirma que a legislação é restritiva o suficiente para que uma atividade de extração de madeira ou mes mo agrícola tenha o reconhecimento da sociedade se estiver dentro da legalidade.

Fernando Castanheira, do Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal, considera que a certificação é um diferencial para o mercado porque eleva o preço do produto madeireiro. A imagem do setor sofreu o desgaste durante anos e a madeira da floresta tropical para o mercado significa desmatamento.

A certificação é um caminho diferente de atestar a qualidade do produto, ele diz que não somente o produto tem qualidade, mas o ambiente de onde ele foi extraído continua saudável. Esse fato atribui outro valor, o da origem do produto. Atender as leis pode ser suficiente para o mercado interno, mas para o consumo dos grandes centros do país e para exportação um selo de certificação sustentável pode abrir portas. Quem se envolve na certificação se torna protagonista na sustentabilidade.

O representante do CIPEM (Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado) questionou os critérios de alguns órgãos certificadores. Para ele, as certificações surgiram da lacuna deixada pelo governo na ausência de fiscalização. O CIPEM apresentou uma proposta de certificação, um selo em parceria com instituições do governo, sindicatos do setor madeireiro, Ministério Público e ONGs. Uma forma diferente de certificação que permita a definição de critérios pelos envolvidos diretamente no negócio. A validação seria dada pelos órgãos de fiscalização e pelo o controle social exercido pelas instituições.

De qualquer forma a certificação pode ser um diferencial. Maurício Voivodic, do Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola) considera o momento muito adequado para o debate. “Em Mato Grosso, onde a dinâmica de gestão ambiental é mais avançada a certificação é um complemento fundamental”.

Alguns municípios madeireiros de Mato Grosso quase chegaram ao colapso econômico com o fechamento de madeireiras. Fernando Castanheir a considera que o setor está entrando num processo mais harmonioso, onde é possível criar debates e, como propõe o CIPEM, definir coletivamente que normas está disposto a cumprir. “O consumidor não quer saber de todas as exigências técnicas de uma produção sustentável, ele só precisa que uma instituição confiável diga se aquele produto chegou até ele respeitando o meio ambiente”.

As mesas de debate do Fórum Floresta Sustentável continuam nesta terça e quarta-feira na CDL – Câmara de Dirigentes Lojistas – em Alta Floresta. A realização é do ICV – Instituto Centro de Vida – e SIMENORTE – Sindicato dos Madeireiros do Extremo Norte de Mato Grosso – com apoio do CIPEM, Unemat (Universidade do Estado de Mato Grosso), Projeto Diálogos, FAMAD (Fundo de Apoio a Madeira), Forest Systems e Prefeitura de Alta Floresta

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