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Volume transportado nos rios do Estado é pequeno

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"Mato Grosso escoa muito pouco pelas hidrovias. Em 2007 foram 300 mil toneladas de grãos utilizando a Paraná-Paraguai, cujo produto foi destinado à uma fábrica localizada na Bolívia. No ano passado, este número caiu para 100 mil toneladas, isso porque a compradora teve problemas". A informação é do gerente da Comissão de Logística da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Edeon Vaz Ferreira.

Na opinião dele, a hidrovia mais importante para o Estado também é a Teles Pires-Tapajós. Para se ter uma ideia do potencial desta hidrovia, Ferreira diz que a capacidade de escoamento dela é de 15 milhões de toneladas por ano, quantidade próxima ao volume total de grãos produzidos em solo mato-grossense na safra 2008/2009, que foi de 17 milhões de toneladas. Com esta hidrovia, a região Norte do Estado seria a mais beneficiada, especialmente os municípios de Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Sorriso, Sinop, Tapurah, Ipiranga do Norte, Diamantino e São José do Rio Claro.

Estudo feito pelo Movimento Pró-Logística, lançado recentemente em Cuiabá, como iniciativa de várias entidades de classe, mostra que a região beneficiada pelo hidrovia Teles Pires-Tapajós abrange 38 municípios que totaliza uma produção de grãos de 12 milhões de toneladas, o que representa 43% do volume estadual. A área agrícola soma 2,707 milhões de hectares, o equivalente a 42% do total de Mato Grosso. "A utilização deste trecho possibilitará o envio de mercadorias ao porto de Santarém, no Pará, mas ainda são necessárias intervenções, como a transposição de cachoeiras".

E para se ter uma noção do impacto dessa hidrovia nos custos do frete, que neste momento seria o ponto de mais interesse por parte dos produtores rurais, o desembolso atual para transportar uma tonelada de grão é de US$ 90 e que com a hidrovia ele baixaria para US$ 27, queda de 70%. E para escoar toda a produção os custos anuais que são de US$ 1,322 bilhão baixariam para US$ 396,897 milhões caso fossem escoados pela Teles Pires-Tapajós, gerando uma economia de US$ 926,093 milhões.

O estudo do movimento leva em consideração também as vendas externas. A exportação de soja, por exemplo, saindo pela hidrovia proporcionaria um incremento de 64% nos embarques. E com a economia de US$ 926 milhões poderiam ser construídas 185,219 mil casas populares. Outro benefício do modal hidroviário é a menor emissão de gases poluentes na atmosfera. Enquanto que as rodovias mobilizam 343,6 mil caminhões, a hidrovia necessita de 2,044 mil comboios de quatro chatas.

 

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