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Exportações: MT continua com o maior índice de crescimento

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Mato Grosso representa o segundo maior saldo comercial do Brasil, com 30% de participação, que somam US$ 16,89 bilhões. O Estado continua com superávit no acumulado da balança comercial, mesmo que ainda haja um cenário de retração econômica mundial, e registra um montante de US$ 5 bilhões nas negociações externas, entre janeiro e julho de 2009. Tal valor é 27% maior do que o apresentado no mesmo período do ano passado. Mato Grosso já acumula expressivos US$ 5,5 bilhões nas exportações, valor 16% maior do que no mesmo período de 2008, enquanto que o Brasil registrou queda de 24,3%.
 
No mês de julho, isoladamente, foram registrados US$ 898,50 milhões em vendas externas, 16,4% superior ao mesmo período de 2008. É a maior taxa de crescimento do país e a única positiva dentre os demais Estados, exceto Tocantins, Amapá e Piauí, que têm pouca representatividade. “Mato Grosso mantém a sexta posição no ranking dos maiores exportadores e já responde por 6,5% do total comercializado pelo país, o que é bastante expressivo”, avalia o presidente do Sistema Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Sistema Fiemt), Mauro Mendes.
 
As importações estaduais registraram queda de 37% em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com o assessor técnico de Comércio Exterior da Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), Paulo Henrique Cruz, a queda é explicada pela variação cambial. “Com o câmbio valorizado, percebe-se que há a retração nas compras externas, já que os produtos importados ficam mais caros. Porém, daqui para frente, com o dólar no patamar de R$ 1,80, haverá a valorização do Real frente ao dólar que, consequentemente, propiciará o aumento das importações. Isso deve ocorrer a partir deste segundo semestre”.
 
A Ásia e a União Européia continuam como os principais destinos dos produtos regionais, com 49% e 35% do total, respectivamente. A China com 33,5%, isoladamente, lidera o ranking, seguida da Holanda (9,4%), Espanha (6,1%) e Itália (3,7%). Os principais fornecedores externos foram, pela ordem, a Rússia com 19%, os Estados Unidos com 18,7%, a Alemanha com 17,3% e a Belarus com 14,7%, seguidos de diversos outros com menores participações.
 
SOJA – As exportações de soja e derivados totalizaram, até julho deste ano, US$ 4,46 bilhões, aumento de 22,5% em relação ao mesmo período de 2008 e responde por 81% do total das exportações estaduais. Mato Grosso respondeu por 39% das exportações de soja-grão do país, 30% do farelo, 25% do óleo de soja e 16% de glicerina. O valor exportado de soja-grão, de US$ 3,41 bilhões contra US$ 2,67 bilhões do ano passado, apresentou crescimento de 27% em valor e aumento de 38% na quantidade física, dado a queda de 7,7% no preço internacional produto. A China, a Espanha e a Holanda são os principais destinos das vendas de soja-grão, com 52%, 9% e 8% respectivamente.
 
As vendas de farelo continuam crescentes, com incrementos de 21% em valor e de 19% em volume, atingindo 2,3 milhões de toneladas, mesmo com aumento de apenas 2% no preço internacional. A Holanda e a Tailândia são os principais mercados para o produto, com 25% e 17%, respectivamente. O óleo de soja persiste em queda expressiva de 21% no faturamento. “Mesmo com aumento de 26% no volume embarcado, a queda se dá em função da diminuição de 38% no preço internacional do produto”, comenta o assessor econômico da Fiemt, Carlos Vitor Timo. A China e a Venezuela são os principais clientes de óleo de soja, com 16% e 7%.
 
As exportações de glicerina – subproduto da fabricação de biodiesel – continuam com expressivo crescimento em volume de embarques e registram queda, também acentuada, no faturamento, dado a redução de 72% na cotação média internacional. A Holanda é o principal destino, com 21% das vendas físicas. As vendas de lecitina voltaram a crescer, tanto em volume quanto em valor, dado o aumento de 49% no preço externo. “As variações acima de 300% no faturamento e acima de 220% no quantum exportado são explicado pelos inexpressivos resultados do ano passado. Em economia, chamamos tal fato de ‘armadilha estatística’”, pontua Timo.
 
As exportações de carnes, acumuladas até julho, continuam com queda de 20% em valor e 4% em volume, por conta principalmente da carne bovina, que diminuiu em 31% e 14,5%, respectivamente, repetindo a redução havida nas vendas externas desse produto, no país. As carnes de frango e suína, ao contrário, registraram incrementos tanto em valor quanto em volume, tendo a carne de frango crescido 13% em faturamento e 15,5% em quantidade. A carne suína teve aumento de 14,8% em valor e 70% em quantum físico, dada a retração nos preços internacionais de 32% no período.
 
A Rússia é o principal mercado da carne bovina e suína de Mato Grosso e detém 33% do faturamento e 80% da quantidade comercializada. A carne de frango tem um número bem mais amplo de países importadores, com maior participação da Venezuela (56%). “Mato Grosso respondeu por apenas 13% do total exportado de carne bovina do país, por 3% da carne de frango e por 5% da carne suína, o que mostra desempenho ainda insipiente frente ao nosso imenso potencial de crescimento”, avalia o assessor econômico da Fiemt.
 
As exportações estaduais do segmento florestal continuam com forte retração de mais de 50% no período analisado. O setor enfrenta dificuldades com a queda no faturamento e com reduções também expressivas nos volumes embarcados de todos os produtos da pauta. De acordo com Timo, tais resultados foram influenciados pela crise internacional, especialmente no mercado imobiliário americano.
 
Mato Grosso respondeu por 48% das vendas externas de milho, por 53% de algodão e por 13% das exportações de couro do país, no período. O milho mantém-se como o grande destaque, com aumentos de 59% em quantidade e 84% em valor. O Irã, a Coréia do Sul e a Arábia Saudita são os principais mercados, com 18%, 8% e 7%, respectivamente. As vendas externas de algodão também apresentaram taxas positivas de 18% em valor e 32% em volume. A Indonésia e a Itália se destacam como países compradores, com 22% e 13%. No caso do couro, a forte queda de 68,7% no preço gerou uma redução de 21,5% no faturamento, mesmo com o aumento de mais de 150% no volume físico exportado. Até agora, a China e a Itália são os maiores clientes, com 64% e 21%

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