De primeiro de janeiro a 31 de julho deste ano a Superintendência de Defesa do Consumidor (Procon Estadual) recebeu 7.816 reclamações. Deste número, 2.440 ou 31%, foram relacionadas aos Assuntos Financeiros. Nesse setor os mais reclamados foram Bancos Comerciais, com 663 reclamações, Cartões de Crédito, com 576, Financeiras, com 268, e Cartões de Loja, com 247 reclamações. Os principais problemas de todas essas instituições foram cobranças feitas indevidamente ou abusivamente ao consumidor.
Os Serviços Essenciais tiveram nos primeiros sete meses do ano 2.273 reclamações ou 29% do total de registros. Mesmo em segundo lugar no ranking, os assuntos mais reclamados nesse setor ultrapassaram os de Assuntos Financeiros. A Telefonia Fixa teve 818 reclamações e a Telefonia Celular recebeu 690 registros. Os principais problemas também foram cobranças indevidas ou abusivas. Logo em seguida vem Energia Elétrica com 472 reclamações e Água e Esgoto com 240.
Em terceiro lugar no ranking ficou o setor de Produtos com 2.251 reclamações ou 28%. Acompanhando o alto número de reclamações referentes à telefonia, o produto mais reclamado foi Telefone, convencional ou celular, com 770 registros de consumidores. Os principais problemas com este produto foram os relacionados à garantia (abrangência ou cobertura) e à falta de peça para reposição. Em seguida no setor está microcomputador ou produtos de informática, com 185 reclamações, móveis para quarto com 168 e internet com 85.
Os Serviços Privados ficaram em quarto lugar do ranking com 702 ou 8,98% das reclamações feitas no órgão. Os mais reclamados foram os relacionados à Informática (provedores de acesso à internet), com 159 registros, Escolas particulares ou Faculdades com 80 reclamações, Despachante (78) e TV por Assinatura (74).
O setor Saúde, em quinto no ranking com 115 reclamações ou 1,47% teve como principais registros os Planos de Saúde Regulamentados (42), os Odontológicos (28) e os Convênios Médicos e Odontológicos (16). Vinte e duas reclamações ou 0,28 % foram relacionadas à Habitação e 13, ou 0,17% a Alimentos.
Para a superintendente de Defesa do Consumidor, Gisela Simona Viana de Souza, o alto índice de reclamações no setor de Assuntos Financeiros é preocupante. “O consumidor deve ficar atento às taxas e aos juros cobrados por bancos e operadoras. A maioria das lojas hoje oferece o crédito por meio de cartões que fidelizam o cliente. Com tanta opção, o consumidor realiza diversas compras de valores pequenos, que no final se acumulam, gerando o superendividamento”, destaca.