A classe empresarial mato-grossense está mais otimista em relação ao aquecimento da economia no Estado, aponta pesquisa feita, há poucos dias, pela Federação do Comércio de Mato Grosso – Fecomércio-. 86% acham que haverá crescimento econômico. Foram entrevistados, pelo departamento de economia da entidade, 450 micro e grandes empresários em Cuiabá, Várzea Grande, Sinop, Rondonópolis, Alta Floresta, Lucas do Rio Verde, Sorriso, Tangará da Serra, Barra do Garças, Cáceres, Campo Verde, Mirassol do Leste, Sapezal, Nortelândia e Primavera do Leste. 80% dos entrevistados acreditam que haverá crescimento no país. Os percentuais são mais elevados do que os registrados no primeiro semestre, respectivamente em 29% e 31%.
O presidente do Sistema Fecomércio, Pedro Nadaf, lembrou que devido ao clima de crise internacional os empresários estavam cautelosos no primeiro semestre deste ano. O quadro, entretanto, se reverteu. O grau de otimismo, por exemplo, é praticamente igual ao pesquisado no mesmo período de 2008, que aliás foram os maiores desde 2004. O percentual inferior foi de apenas 1% no quesito nacional, no estadual permaneceu empatado. No que diz respeito a estabilidade econômica há maior oscilação em relação ao registro do primeiro semestre deste ano, em relação ao atual, na última pesquisa foi 76% o percentual dos que acreditam, contra 69%. No comparativo de 2008 o percentual é maior, pois no segundo semestre foi 85%, aponta a assessoria.
No que se refere a posição do mercado, os otimistas são 78%, contra 68% do primeiro semestre e apenas inferior em 1% no que tange ao mesmo período de 2008. Nadaf lembrou que no primeiro semestre havia crescido o percentual dos pessimistas, de 6% e 5% respectivamente, para 15%. E na pesquisa atual o grau ficou inalterado. Os indiferentes foram o que tiveram menor oscilação, 16% no segundo semestre de 2008, 17% no primeiro e segundo semestres de 2009.
Com relação ao mercado de trabalho, 39% apontou que diminuirão as ofertas de emprego; 13% que aumentará e 48% que estabilizará. Vale destacar que aumentou o percentual dos que acreditam na estabilidade e também o percentual dos que responderam que diminuirá o emprego. Neste quesito foi no primeiro, 27% e no mesmo período do exercício anterior 17%. O importante, entretanto, é a soma da estabilidade com o aumento, que revela um quadro positivo em pouco mais de 60%.
Outro número apresentado, que demonstra estabilidade foi em relação a forma que efetuarão suas vendas neste semestre. A maior parte dos entrevistados tem oferecido prazos, sendo que 22% respondeu que ocorrerá através do crediário e duplicatas, 26% de cheque pré-datado, e 26% no cartão de crédito. A vista o registro foi 26%. Ocorreram poucas oscilações em relação a pesquisa anterior, sendo a mais significantes as que referem-se a crediário e duplicatas que caíram 3%, migrando para cheque- pré-datado que cresceu 3%.
Com relação a avaliação do governo estadual, 10% classificaram como ótimo; 38% como bom, 32% disseram regular e o menor percentual, 20% classificou como ruim. No tocante ao governo federal, os índices foram 8% ótimo, 39% bom, 46% regular e 13% ruim. Ambos tiveram aprovação da classe empresarial, e isso está atrelado, na opinião de Nadaf não a questão política partidária, mas ao resultado do processo econômico, principalmente com a estabilidade no mercado.