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Receita bruta do comércio em Mato Grosso tem alta de 103%

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A receita bruta de revenda de mercadorias do comércio de Mato Grosso cresceu 103,1% em cinco anos. Em 2003 o montante registrado foi de R$ 14,421 milhões e em 2007 saltou para R$ 29,294 milhões, o que equivale a um aumento em valor de R$ 14,873 milhões. Os dados são da Pesquisa Anual do Comércio e foram divulgados nesta quarta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O montante gerado é resultado da operação de 23,952 mil empresas no Estado em 2007, número que cresceu 3,4% se comparado à quantidade de 2003, quando contava com 23,158 mil unidades.

Os números se referem a três setores comerciais: atacadista, varejista e comércio de veículos, peças e motocicletas. No Brasil, estes segmentos foram responsáveis pela receita bruta de R$ 1,359 bilhão em 2007, incremento de 88,8% em relação a 2003, quando totalizou R$ 719,774 milhões. Em Mato Grosso, dos três segmentos, o destaque foi para o comércio atacadista, que teve um faturamento bruto de R$ 17,740 milhões em 2007, alta de 108,5% se comparado aos R$ 8,508 milhões de 2003. O setor varejista teve uma receita de R$ 8,258 milhões há dois anos contra R$ 4,385 milhões em 2003, crescimento de 88,3%.

Os dados do IBGE trazem ainda pessoal ocupado e gastos com salários, retiradas e outras remunerações em empresas comerciais. A quantidade de pessoas trabalhando no comércio (nos três segmentos) somou 134,387 mil em 2007, incremento de 34,9% se comparado ao de 2003, quando 99,553 mil funcionários trabalhavam. Os gastos com salários aumentaram 117,9% no período, passando de R$ 530,597 mil em 2003 para R$ 1,156 milhões em 2007.

O diretor-executivo da Associação Mato-grossense de Atacadistas e Distribuidores (Amad), Jonatas Nogueira, afirma que a evolução no número de empresas, que passou de 1,961 mil em 2003 para 2,107 mil (+7,4%), foi motivada pela estabilidade econômica e pelo maior poder de compra dos consumidores. "Em decorrência da abertura de novas empresas houve maior contratação e as despesas com pagamentos também aumentaram". No setor, o número de pessoal ocupado cresceu 26,3% e os gastos subiram 98,8%.

O setor varejista também cresceu na quantidade de postos de trabalho (+33,2%) e nas despesas com salários (+119,5%). Porém reduziu em número de empresas, baixando de 18,526 mil empresas em 2003 para 17,696 mil em 2007 (-4,4%). "Mesmo que tenha reduzido o número de unidades, para atender a demanda houve necessidade de contratar mais pessoas, e consequentemente os gastos com salários cresceram", diz ao revelar que o aumento na receita não significa que os produtos encareceram.

 

 

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