Uma readequação de viabilidade financeira alterou o projeto da termoelétrica que será implantada em Alta Floresta para ampliar o fornecimento de energia na região. A potência aumentou de 7 para 14 Megawats o que permitirá a unidade aumentar a linha de produção. Os investimentos, anteriormente previstos em R$ 25 milhões, passarão para R$ 44 milhões. A informação é do vice-presidente do Sindicato dos Madeireiros do Extremo Norte (Simenorte), Ricardo Mastrangelli.
Ele explicou, ao Só Notícias, que a licença prévia para instalação foi emitida, o recurso alocado mas que ainda é esperado parecer de acesso da Centrais Elétricas de Mato Grosso (Cemat) para as obras iniciarem. “Sem o acesso a linha de transmissão da Cemat nós não podemos ligar a energia na rede pública e não podemos vendê-la”, declarou Ricardo.
Segundo Mastrangelli, é provável que ainda neste mês seja emitido o parecer de acesso. A unidade será construída em uma área com aproximadamente dez hectares, próxima a subestação da Cemat. A termoelétrica deve se tornar uma importante aliada do setor madeireiro porque ajudará empresários a destinarem resíduos para um único local sendo utilizados na geração de energia.
Dados do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado (Cipem), mostraram que em Alta Floresta há, atualmente, 450 mil toneladas de resíduos estocadas a céu aberto, sendo que a produção anual gira em torno de 100 mil toneladas. Desde 2006, empresas madeireiras e moveleiras não ateiam fogo em pó-de-serra, serragem, aparas, retalhos de madeiras e cascas.