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Indústria da construção empregou 1,8 milhão de pessoas em 2007

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As 110 mil empresas do setor de construção civil empregaram 1,8 milhão de pessoas, o que representou gasto de R$ 30,6 bilhões com pessoal. Desse total, R$ 20,7 bilhões foram com salários, retiradas e outras remunerações. Isso representa uma média de 2,3 salários mínimos por empregado.

Os dados constam da Pesquisa Anual da Indústria da Construção relativa ao ano de 2007, divulgada hoje (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento apresenta informações sobre as características estruturais do segmento da construção no país, como número de empresas, de pessoas ocupadas, salários e benefícios pagos, produtividade.

Segundo o levantamento, dos R$ 128 bilhões destinados a obras e serviços pelas empresas, R$ 122,7 bilhões fizeram parte da receita operacional líquida. Desse montante, R$ 51,3 bilhões – ou 40,1% – foram obtidos por obras para o setor público. Em 2006 este percentual havia sido de 42,5%. Apesar disso, foi registrado um crescimento de 16,9% na comparação 2007-2006 das obras executadas. Isso corresponde a um aumento real de 10,9%.

A expansão do setor em 2007 esteve em linha com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de bens e serviços produzidos no país. Enquanto o crescimento do PIB foi de 5,7%, o desempenho da atividade da construção foi de 5%. Também ficou sintonizada com a formação bruta de capital fixo (investimentos das indústrias em máquinas e equipamentos), que assinalou o maior acréscimo (13,5%) desde o início da série histórica, em 1996.

Segundo o estudo do IBGE, a atividade de construção civil foi beneficiada pela variação da taxa básica de juros (Selic), que apresentou queda de 8,5 pontos percentuais, ao passar dos 19,75% registrados em setembro de 2005 para 11,25%, em setembro de 2007.

Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado como referência para o regime de metas de inflação, cresceu 4,46% em 2007. No ano anterior esse índice esteve em 3,14%. A meta da inflação era de 4,5%.

Os investimentos brutos realizados em ativos imobilizados (compra de máquinas e equipamentos) pelas empresas do setor chegaram a cerca de R$ 5,1 bilhões em 2007. Desse total, 44,2% corresponderam à compra de máquinas e equipamentos, configurando este como o principal investimento de 2007.

Em segundo lugar ficaram os gastos com meios de transporte (23,1%) e outras aquisições – como móveis, microcomputadores e ferramentas -, com uma representação de 11,4% do total.

O estudo observou, entre 2003 e 2007, algumas mudanças na estrutura do pessoal ocupado e dos salários, retiradas e outras remunerações de empresas com cinco ou mais funcionários durante a análise por grandes regiões e unidades da federação.

Nas regiões Sudeste e Sul foi identificada redução nessas participações. Em parte, explicada pelo desenvolvimento da Zona Franca de Manaus e pela instalação de indústrias no Nordeste, atraídas por incentivos fiscais e pelo menor custo de terrenos e de mão de obra.

Mesmo assim, as regiões Sul e Sudeste continuaram sendo responsáveis por mais de 60% dessas variáveis em relação ao resto do país. Na Região Sul houve uma perda de participação tanto do pessoal ocupado – que passou de 15,3% em 2003 para 13,3% em 2007 – quanto dos salários pagos, que caiu de 14,1% para 12,2% no mesmo período.

Também foi identificada redução de pessoal ocupado na região Sudeste entre 2003 e 2007, de 52,1% para 51%. O estado mais afetado da região foi o Rio de Janeiro, com 2,2 pontos percentuais, seguido de São Paulo, com 1 ponto percentual. Já Minas Gerais e Espírito Santo tiveram aumento de suas participações em 1,4 e 0,9 pontos percentuais, respectivamente.

O crescimento de pessoal ocupado mais expressivo foi registrado na região Norte, que subiu de 6% para 7,1%. Foi registrado crescimento também na região Centro-Oeste, que passou de 7,4% para 8,4% no quesito pessoal ocupado, e de 6,8% para 7,8% no referente a salários pagos.

Na mesma avaliação, a região Nordeste subiu de 19,1% para 20% sua participação no pessoal ocupado, e de 15,1% para 16,1% no referente a salários pagos.

 

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