Enquanto os preços dos combustíveis em Cuiabá apresentaram queda esta semana, em Rondonópolis, os consumidores que foram aos postos constataram alta nos preços. Na capital mato-grossense, o preço médio do litro do álcool hidratado estava a R$ 1,35 e caiu em alguns postos para R$ 1,25. A gasolina teve o preço médio reduzido de R$ 2,49 para R$ 2,44. Na contramão, em Rondonópolis, o litro da gasolina saiu de R$ 2,75 para R$ 2,85 em média. O álcool saiu de R$ 1,51 e subiu para R$ 1,62 em média. A variação foi denunciada por leitores que informaram o Jornal A TRIBUNA, os quais não entenderam o descompasso dos preços nas duas cidades.
Em Cuiabá, a informação repassada pelos leitores foi de que a redução foi motivada, principalmente, pelo início da safra de cana-de-açúcar no Estado. Em Rondonópolis, no entanto, o empresário Anísio Dias, dono de uma grande rede de postos de combustíveis da cidade, afirma que essa não é a real motivação da queda nos preços na capital do Estado. Ele afirma que a queda nos preços em Cuiabá foi motivada por guerra de preços praticada no mercado de combustíveis. Ao contrário, explicou que o reajuste em Rondonópolis foi originado do aumento da pauta de ICMS do combustível em Mato Grosso.
Anísio Dias esclarece que o começo da safra de cana-de-açúcar ainda não influenciou nos preços do álcool hidratado adquirido pelos empresários. Contudo, acredita que, em um prazo de cerca de 30 dias, a tendência é que os postos de combustíveis realmente comecem a comprar álcool e, conseqüentemente, gasolina mais em conta em função do avanço da safra, que gera aumento da oferta. Ele informa ainda que a paralisação das usinas de álcool de Jaciara acabou atrasando o recebimento de combustíveis da nova safra, já que a produção ficou interrompida.
O gerente administrativo da distribuidora de combustíveis Idaza, Tadeu Ramos, apesar de não atender o consumidor final, repassou que observa que os preços dos combustíveis em Cuiabá não servem de parâmetro, pois, segundo ele, os postos da capital estão falindo em meio a uma guerra de preços predatória. Assim, atestou que o aumento de preços verificado em Rondonópolis também deveria ocorrer na capital. A informação é que os preços do álcool na bomba, por exemplo, não deveriam ser menores que R$ 1,50. Tadeu também informou que houve aumento na pauta do ICMS, mas somente do diesel, que interfere nos preços do álcool e da gasolina devido ao frete até as cidades.
A reportagem procurou ouvir outros donos e gerentes de postos de combustíveis de Rondonópolis sobre o aumento local do preço do combustível esta semana, mas não conseguiu.