O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado como referência para reajuste de contratos de aluguel, teve queda de 0,14% na segunda prévia de maio. No mesmo período de abril, a retração havia sido mais intensa, de 0,33%. Conforme dados divulgados hoje (20) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o resultado foi influenciado principalmente pelo recuo menos acentuado no Índice de Preços por Atacado (IPA), que responde por 60% do IGP-M. No período, o IPA teve deflação de 0,31%, depois de cair 0,64% no segundo decêndio de abril.
Entre os itens pesquisados no âmbito dos preços por atacado, foi verificado recuo na taxa de bens finais (de 0,14% para -0,16%), com a contribuição dos alimentos in natura, cujos preços tiveram queda de 5,24%, depois de subirem 3,35%. Já a taxa dos bens intermediários registrou queda menos intensa, passando de -1,57% para -0,82%. A maior influência partiu de materiais e componentes para a manufatura (de -1,61% para -0,85%).
As matérias-primas brutas inverteram o movimento, passando de queda de 0,15% para alta de 0,33%. A aceleração foi puxada pelos preços de milho em grão (de -3,91% para 4,66%), bovinos (de -1,37% para 2,04%) e arroz em casca (de -8,19% para 2,82%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) desacelerou na segunda prévia de maio, passando de 0,47% para 0,33%. Duas das sete classes de despesa componentes do índice apresentaram decréscimo nas taxas de variação. O destaque, segundo o levantamento da FGV, foi o grupo alimentação (de 0,96% para -0,26%), principalmente frutas (de 4,18% para -4,90%), hortaliças e legumes (de 4,58% para 0,52%), adoçantes (de 5,42% para -1,51%).
Também registraram decréscimos nas taxas de variação transportes (de -0,14% para -0,20%). Por outro lado, houve aceleração nos preços de despesas diversas (de 0,81% para 3,36%), saúde e cuidados pessoais (de 0,65% para 1,01%), vestuário (de 0,40% para 0,67%), habitação (de 0,33% para 0,47%) e educação, leitura e recreação (de -0,13% para 0,02%).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve queda de 0,10%, menos intensa do que a registrada no levantamento anterior (-0,24%). Os preços de materiais, equipamentos e serviços caíram 1,10%, depois de recuarem 0,50%. Já o índice que representa o custo da mão de obra ficou em 1,08% no segundo decêndio de maio, depois de registrar alta de 0,07% no mesmo período do mês anterior.
De acordo com a FGV, no ano, o IGP-M acumula queda de 1,20% e, nos últimos 12 meses, alta de 3,58%. Para calcular a segunda prévia do IGP-M de maio, foram coletados preços no período entre 21 de abril e 10 de maio.