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Mato Grosso é o 11º mais prejudicado pela crise

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Pesquisa recente desenvolvida pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) constatou que Mato Grosso é o 11º estado mais afetado pela crise econômica mundial. O estudo, intitulado Impacto da Crise nas Economias Regionais, compreende o período de setembro de 2008 a março de 2009 frente a igual período terminado em março de 2008 e foi coordenado pelo economista e consultor especialista em políticas públicas da FGV Projetos, Fernando Blumenschein.


A lista dos 12 estados que mais sentiram a crise é liderada pelo Amazonas, seguido por Maranhão e Minas Gerais, depois Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia, Mato Grosso e Espírito Santo. “Nosso intuito é aferir e analisar o cenário como se apresenta e se desenrola e não apontar o que deve ser feito em termos de medidas de política econômica”, enfatizou Blumenschein.

Na opinião do economista Vitor Galesso a posição de Mato Grosso neste ranking não é ruim. “Estados que estão à frente nesta lista têm maior dependência de sua estrutura na produção industrial e consequentemente foram mais afetados”, observou. “Esta é uma crise de “rico”, ou seja, afeta compras supérfluas como eletroeletrônicos”.

Mato Grosso, por ser um grande produtor de alimentos, está mais “protegido”. O mau momento da bovinocultura – fechamento de frigoríficos, demissões e dívidas com pecuaristas -, segundo Galesso, é resultado de crises anteriores. “Houve problemas pontuais como a questão sanitária, entre outras. Neste caso específico a suspensão das exportações temporárias em função da crise global, mais forte no final de 2008, foi a gota d”água”.

Para chegar aos resultados foi selecionado um conjunto de indicadores. Desde os macroeconômicos (emprego, exportações, fluxo de crédito e vendas do comércio), até fiscais (arrecadação federal e impostos). As análises foram baseadas em dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Ministério do Trabalho e Emprego, Secretaria de Comércio Exterior, Receita Federal, Conselho de Política Fazendária e Banco Central. “O importante é constatar que Mato Grosso não está entre os líderes em termos de crise internacional e foi menos afetado que os outros estados.”

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