O presidente do Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Mato Grosso (Sinduscon-MT), Luiz Carlos Richter Fernandes, disse que os empresários do setor estão otimistas com o pacote habitacional lançado semana passada pelo governo federal para construir 1 milhão de casas populares até ano que vem. Segundo o dirigente, esse será um momento importante para o segmento, pois surge como uma oportunidade para o setor sair do período difícil de crise que derrubou negócios e vendas no setor.
“O Governo Federal vai colher os frutos desse posicionamento ousado diante da crise financeira mundial, ao adotar a mentalidade de não esperar o comportamento da crise para poder agir”, afirma Richter.
Para ele, o programa habitacional, além de gerar empregos no setor da construção também irá contribuir com questões específicas, como a regularização fundiária em Cuiabá, por exemplo. Atualmente, a cidade aguarda a conclusão do Plano Diretor da Prefeitura Municipal que irá possibilitar a regularização de bairros que existem há décadas no município, e que mesmo assim, não recebem com adequação, serviços essenciais como rede de água e esgoto, postos de saúde e escolas.
Em princípio, para o Estado, está prevista a construção de mais de 13 mil casas, porém, segundo o presidente do Sinduscon-MT, esse número pode ser ampliado. “Nós podemos conseguir o remanejamento de recursos de outros Estados e isso vai depender da nossa ousadia em construir”. Ele explica que a organização do setor, da Caixa Econômica Federal e do próprio poder público municipal e estadual vai ser determinante para que o número de unidades habitacionais aumente em Mato Grosso. “Viabilizar essa expansão é garantir emprego e renda a milhares de famílias no Estado”, destaca.
Para que esse propósito seja colocado em prática, o setor da construção espera contar com o incentivo do Governo do Estado e das prefeituras, seja na regularização fundiária como também, na redução de impostos, como é o caso do ISS – Imposto Sobre Serviço.