Representantes de uma indústria de pescado, que tem unidade em Sorriso, estiveram em Sinop para discutir possível parceria para iniciar a produção com piscicultores locais. O secretário de Agricultura Clóvis Sanches disse que muitos produtores têm áreas com açudes ou espaço para construir tanques, porém não sabem como proceder para iniciar no segmento. Não há um balanço da quantidade de peixes criados em propriedades particulares.
Hoje, a prefeitura sinopense tem uma engenheira de pesca preparada para dar suporte as pessoas interessadas em iniciar a atividade. “A piscicultura não é uma atividade difícil, porém é importante que conhecê-la bem. Como por exemplo, a autorização para aquisição dos alevinos só é dada em casos de compra feita em produtores certificados” explicou a engenheira Liliane Stedile.
De acordo com a assessoria, a intenção da prefeitura é elaborar projetos para essa área, criando assim alternativas de renda para pessoas que hoje sobrevivem da agricultura familiar, ou para aqueles que se interessem pelo ramo e possam investir na atividade criando novos postos de trabalho.
Para o biólogo e gerente de parcerias da indústria, Eduardo Sbaraini, a cadeia da piscicultura mato-grossense está desorganizada. “Existem muitos atravessadores que impedem a negociação entre indústria e piscicultor, isso encarece o produto e dificulta a atividade” explicou. Porém, ele destaca que a atividade é totalmente viável. “Hoje a indústria paga cerca de R$1,25 por kg de pescado mais simples, como o tambaqui e pode chegar a R$ 5,25 por espécie como o pintado” frisou.
A empresa aboratório próprio para produção de alevinos e seu projeto engloba a construção de um frigorífico e de uma fábrica de ração. De acordo com Eduardo, eles produzirão apenas 33% do pescado, os outros 67% virão de pequenos criadores.