Os trabalhadores demitidos em dezembro do ano passado terão direito a receber até sete parcelas do seguro-desemprego. O anúncio foi feito hoje (24) pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi. De acordo ele, pessoas que perderam o emprego em 42 setores – entre eles, os das indústrias têxtil, metalúrgica e mecânica – passarão a ter o benefício a partir de 1º abril. Segundo dados dos ministério, 103,7 mil desempregados vão ser atingidos pela medida.
A ampliação de cinco para sete do número máximo de parcelas do segundo-desemprego precisa ser aprovada pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) durante reunião agendada para o próximo dia 30.
O ministro explicou que o critério usado para que as duas parcelas a mais sejam concedidas a esses trabalhadores foi a comparação da média entre 2003 e 2009, da evolução do emprego com carteira assinada em cada subsetor de atividade, com base no movimento dos meses de dezembro, janeiro e fevereiro últimos.
“Os que tiveram saldo negativo 30% superior a essa média entraram no benefício. Portanto, quem foi demitido em dezembro, dentro dos subsetores e estados selecionados, terá mais duas parcelas. Quem tinha direito a três meses de seguro-desemprego, receberá cinco. Quem receberia cinco, contará com sete”, disse Lupi.
O valor a ser recebido varia de R$ 465,00 (valor do salário mínimo) a R$ 870,01. O ministério estima que o gasto será de R$ 126 milhões.
O ministro disse ainda que não espera que seja feita novamente uma nova ampliação do seguro-desemprego porque no mês de fevereiro já houve uma recuperação no número de novos empregos. “Se tivéssemos uma média continuada de demissões negativas acima de 30% nos setores, poderíamos solicitar uma nova autorização”, explicou.