A primeira prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de fevereiro indica avanço de 0,42%, invertendo a queda de 0,31% verificada no mesmo período de janeiro. De acordo com dados divulgados hoje (10) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o resultado foi influenciado pela aceleração do Índice de Preços por Atacado (IPA), que passou de -0,56% para 0,49% no mesmo período.
Na média, os preços dos bens finais avançaram 1,42%, depois de recuarem 0,02%, puxados pela alta verificada em alimentos processados (de -2,07% para 3,15%). Já os bens intermediários tiveram deflação menos intensa, passando de -0,61% para -0,46%, com a contribuição de materiais e componentes para a manufatura (de -0,90% para 0,04%).
Também apontando aceleração nos preços, as matérias-primas brutas tiveram alta de 0,84%, depois de recuarem 1,08% no mesmo período de janeiro. O movimento foi influenciado pelo comportamento dos preços de soja (de 1,08% para 7,01%), bovinos (de -6,43% para -0,34%) e café (de -1,99% para 7,28%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), diferentemente, desacelerou na primeira prévia de fevereiro em relação ao mesmo período do mês anterior, passando de alta de 0,24% para 0,21%. Cinco das sete classes de despesa registraram decréscimo em suas taxas de variação. Os destaques foram os grupos alimentação (de 0,15% para -0,08%), puxado por hortaliças e legumes (de 3,02% para 0,49%), frutas (de 1,35% para -0,48%) e panificados e biscoitos (de 0,27% para -0,77%); e vestuário (de 0,52% para -0,81%), com a contribuição de roupas (de 0,90% para -0,77%).
Último componete do IGP-M, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) sofreu aceleração, passando de 0,13% para 0,43%. O movimento foi puxado por materiais e serviços (de 0,23% para 0,47%) e por mão-de-obra (de 0,00% para 0,39%).
A primeira prévia do IGP-M de fevereiro foi calculada com base nos preços coletados entre os dias 21 e 31 de janeiro. O índice é utilizado com balizador para reajustes de aluguel e tarifas de energia.