As obras públicas e privadas executadas em 2008 também fizeram com que o setor da construção civil em Mato Grosso registrasse saldo positivo na geração de vagas formais. No ano passado, de acordo com os dados do Caged, o saldo foi de 3,668 mil (o terceiro melhor do Estado). As demissões no segmento somaram 33,346 mil e as admissões 37,014 mil. Para este ano, a perspectiva é de desaceleração no ritmo da atividade, porém com desempenho no mesmo patamar de 2007.
O presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil (Sinduscon-MT), Luiz Carlos Richter, afirma que a retração na atividade pode até ser benéfica para o setor, que por causa do boom na construção enfrentou obstáculos como a falta de alguns insumos básicos a exemplo do cimento. Ele diz que a retração no ritmo do setor fará com que o desenvolvimento seja mais ordenado, com crescimento mais sustentável.
Ele afirma que para mensurar quanto o setor cresceu em 2008, o sindicato está fazendo um levantamento da quantidade de projetos executados, pessoas empregadas, vendas e outros dados que podem refletir no crescimento da economia. “O governo federal não está reduzindo os investimentos para o setor, ao contrário, está lançando linhas de crédito e incentivando as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o que deve manter a quantidade de empregos gerados”.
Outro segmento que se destacou quanto aos números do Caged é a agropecuária, cujo saldo foi de 3,609 mil, resultado da diferença entre as demissões que somaram 74,212 mil e das admissões que totalizaram 77,821 mil. O consultor técnico da Federação da Agricultura e Pecuária (Famato) Luciano Gonçalves, afirma que o número poderia ser maior, não fossem os problemas do setor no segundo semestre.
Dezembro – No desempenho mensal, Mato Grosso registrou saldo negativo pela terceira vez em 2008. Em dezembro foram geradas 15,449 mil vagas ante 30,771 mil demissões o que resultou em um saldo negativo de 15,322 mil postos de trabalho. (FR)