Em 2010, o que movimentou a mineração mato-grossense foi a descoberta do depósito mineral de fosfato, em Mirassol do Oeste. Outras ações também incrementaram o setor. Em 2002, Mato Grosso ocupava o 11º lugar no ranking dos Estados que mais pediam autorização de pesquisa mineral (requerimentos minerais). Em 2009 passou para o 6º lugar e em 2010, atingiu o 4º lugar, perdendo apenas para Minas Gerais, Bahia e Goiás.
De acordo com o secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Pedro Nadaf, esse salto se deu em função das ações desenvolvidas nos últimos 8 anos. "No governo Blairo Maggi fizemos estudos em parceria com várias entidades que revelaram o mapa das minas de Mato Grosso. Atualmente, sabemos o que há em cada região". O carro chefe da mineração do Estado ainda é o ouro e o diamante, mas também há calcário moído, níquel, cobre, zinco, ferro e vários outros minerais.
Para encontrar estes depósitos de minerais e mapear as minas foram feitos várias pesquisas, estudos e projetos. Entre eles, o Mapa Geológico do Estado, Noroeste de Mato Grosso, Sig Ambiental de Cuiabá, Levantamento Aerogeofísico Áreas 1 e 2, Noroeste-Nordeste de Mato Grosso e Fosfato Mato Grosso. Todos estes estudos e trabalhos foram desenvolvidos em parcerias com o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e com a CPRM, uma empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia com atribuições de Serviço Geológico do Brasil.
Com todas estas ações, Mato Grosso se tornou atraente para os empreendedores do setor Mineral. Nadaf conta que na última reunião que teve com a empresa que tem a concessão da área onde está o depósito mineral de fosfato, em Mirassol, o diretor técnico da GME4, José Augusto Dantas informou que a empresa está elaborando um cronograma de trabalho e que no próximo mês de janeiro deve começar os estudos na região.
"Transformação na economia". É isso que o secretário Nadaf garante com a chegada de novos empreendimentos no setor da mineração em Mato Grosso. O Estado também tem depósitos de vários outros minerais que podem ser explorados nos próximos anos. "É mais uma forma de verticalizar a economia, gerar emprego e renda para os municípios onde estão localizados estes minerais".
Mato Grosso também comemora o aumento de produção de diamante e ouro. Em 2003 era produzido apenas 12.501 quilates de diamante por ano. Esse número saltou para 36.998 quilates em 2008. Os números de 2009 e 2010 ainda estão sendo tabulados.
Em 2003, o Estado produzia apenas 173 quilos de ouro. Esse número aumentou para 5.290 quilos em 2009. Assim como o ouro e o diamante, também houve aumento de produção de outros produtos utilizados na construção civil.A produção de argila em 2003 era de 111.154 toneladas por ano. Já em 2008 passou a ser de 215.200 toneladas por ano.
A mineração é um setor muito promissor em Mato Grosso. "Tem muito espaço para crescer. Continuaremos desenvolvendo os projetos e atraindo novos investimentos e investidores. Nosso objetivo é gerar emprego e renda e melhorar a qualidade de vida do mato-grossense", conclui Nadaf.