A soma de todas as riquezas produzidas em Rondonópolis, ou o Produto Interno Bruto (PIB), atingiu a marca histórica de R$ 4,355 bilhões. O novo número foi revelado recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e mostra a produção das riquezas locais em 2008, o ano mais recente pesquisado. Apesar de ser a terceira maior população de Mato Grosso, Rondonópolis se consolida como segunda economia do Estado e se aproxima da cidade mais rica: Cuiabá. Conforme os números divulgados, Rondonópolis já possui um PIB equivalente quase à metade da capital mato-grossense. O volume de riquezas produzidas por Cuiabá, nessa evolução, alcançou a cifra de R$ 9 bilhões em 2008. A economia de Rondonópolis deu um salto de 55,14% em quatro anos. Saiu de R$ 2,807 bilhões em 2004 para os R$ 4,355 bilhões em 2008. A terceira cidade mais rica de Mato Grosso – Várzea Grande – somou um PIB de apenas R$ 2,684 bilhões em 2008.
A pesquisa do IBGE também mostra que Rondonópolis passou a se figurar entre 100 maiores pólos industriais do Brasil. Conforme os números, o município está em 95º lugar no Brasil entre as cidades em que a indústria mais contribui para a geração das suas riquezas gerais. O valor adicionado da indústria rondonopolitana chegou em 2008 a R$ 1,501 bilhão. Cuiabá aparece em 91º lugar no setor industrial brasileiro, com um valor adicionado de R$ 1,562 bilhão.
Entre 2004 e 2008, Rondonópolis recebeu indústrias como a Santana Têxtiles, Nortox, Dixie Toga, Cervejaria Petrópolis, ampliação da ADM, Grupo Alibem, entre outros. Com mais geração de riquezas, Rondonópolis se destaca também na região Centro-Oeste, onde apresenta valor da produção econômica inferior apenas aos das capitais Brasília (DF), Goiânia (GO), Cuiabá (MT), Campo Grande (MS) e da cidade goiana de Anápolis, esta com PIB na ordem de R$ 6,265 bilhões.
Para o economista e coordenador do Curso de Ciências Econômicas da Anhanguera/Rondonópolis, Fábio Cardozo, que já atuou como secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, esse crescimento no PIB de Rondonópolis é explicado justamente pelos investimentos na área industrial. Ele acredita que indústria, transportes/serviços e comércio podem estar por trás dessa significativa expansão. O economista destaca que a indústria tem um poder de agregar valor muito grande, movimentando uma grande rede de serviços ao seu redor.
Nessa realidade, com o fortalecimento do setor industrial, Fábio Cardozo argumenta que o próprio comércio local se fortaleceu muito nos últimos anos. Ele lembra que, desde quando foi secretário de Desenvolvimento Econômico, defendia que o caminho da cidade deveria ser a indústria, já que não possui área para expansão agrícola. Ainda assim, outra ajuda para incrementar o PIB da cidade, segundo o profissional, pode ter sido a valorização das commodities agrícolas que movimentam as agroindústrias locais.
No entanto, o economista não esqueceu de citar a forte desigualdade social que ainda predomina no município. "Rondonópolis é uma cidade rica e pobre ao mesmo tempo. Rica, no crescimento econômico. Pobre, porque essa riqueza fica nas mãos de poucos!", arremata.
As cidades mais ricas do Centro-Oeste*:
1 Brasília (DF) R$ 117,571 bilhões
2 Goiânia (GO) R$ 19,457 bilhões
3 Campo Grande (MS) R$ 10,462 bilhões
4 Cuiabá (MT) R$ 9,014 bilhões
5 Anápolis (GO) R$ 6,265 bilhões
6 Rondonópolis (MT) R$ 4,355 bilhões
7 Aparecida de Goiânia (GO) R$ 3,873 bilhões
As cidades mais ricas de Mato Grosso*:
1 Cuiabá R$ 9,014 bilhões
2 Rondonópolis R$ 4,355 bilhões
3 Várzea Grande R$ 2,684 bilhões
4 Sorriso R$ 2,389 bilhões
5 Primavera do Leste R$ 1,828 bilhão
6 Sinop R$ 1,733 bilhão
7 Lucas do Rio Verde R$ 1,669 bilhão