PUBLICIDADE

Norte Mato Grosso segue tendência de alta na economia para 2011

PUBLICIDADE

A injeção de dinheiro nos programas de crescimento do Governo Federal e o bom momento do agronegócio elevam os números e as expectativas do Centro Oeste do país a patamares que fazem com que indústrias nacionais sintam-se satisfeitas com resultados e repensem suas estratégias.

Para o gerente de operações da General Motors no Centro Oeste, Newton Silveira, cidades como Sinop, Sorriso, Lucas do Rio Verde e Nova Mutum em Mato Grosso, precisam de ações de venda diferenciadas porque, proporcionalmente ao número de habitantes, chegam a vender mais do que capitais como Goiânia (GO). "Em menos de 40 dias de lançamento do Camaro, só a Vianorte, em Sinop, vendeu três unidades de um veículo que tem um preço final considerado alto. Além disso a revendedora fechou o mês como líder local de vendas. Entendo com base nisso, que a região tem uma pegada forte no consumo e estamos de olho no que vem pela frente, colocando 18 produtos diferentes para o consumidor final", detalhou.

O executivo arrisca um crescimento médio nas vendas de 9% para o ano que vem, levando em conta a comercialização da GM em todo o país. "O Centro Oeste, o Norte e o Nordeste brasileiro puxam essa média para cima", explicou Silveira.

A possibilidade de avanços econômicos faz parte do planejamento de outros setores como o de saúde privada. O vice-presidente da Unimed Norte de Mato Grosso, Edson Nascimento, contou que, numa área de abrangência de quase 800 mil pessoas, a empresa está presente na vida de 24,5 mil usuários. "Em 2008 nossa carteira deu um salto de quase 30%. Em 2009 foi de 13% e estimamos algo em torno de 13% novamente para o próximo ano", afirmou.

Da mesma forma cresce o número de médicos cooperados que fazem parte do sistema. "Crescemos nos últimos meses de 100 para 150 profissionais e poderíamos ter mais, no entanto, tomamos um cuidado, fazemos um estudo, uma observação forte antes de convidar o profissional para fazer parte da cooperativa", afirmou Nascimento.

O economista José de Souza Neto, da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), também acredita em crescimento para 2011. Contudo, espera que seja na média de 10%. "A gente precisa observar a alta nos insumos e implementos agrícolas, prevista para janeiro, o que se reflete diretamente na economia regional, baseada na cultura da soja, milho e gado. Isso não quer dizer que vamos parar, ao contrário, vamos crescer, mas de um jeito menos acelerado," enfatiza.

A orientação de Neto se baseia em situações do mercado financeiro nacional. O teto de inflação projetada pela equipe econômica do presidente Lula era de 5,6% para 2010 e deve ser entregue à equipe de Dilma Roussef com 5,2%. Uma situação de alerta. No novo Governo Federal pode ser mantida parte da equipe econômica, só que com um perfil moderado, na opinião do economista. "Basta ver que para cada R$ 100 que os bancos movimentavam, o governo os obrigava a colocarem R$ 20 como garantia em caso de crises ou quebradeiras no sistema. Essa mesma garantia sobe para R$ 40 para cada R$ 100, o que demonstra que a luz amarela acendeu", definiu.

Neto aposta ainda em redução do crédito e num aumento da taxa de juros como forma de segurar o consumo para que a inflação não volte. "Do jeito que está com prazos longos, pode faltar produtos, e se faltar, o preço sobe, o que dificulta o controle econômico por parte do governo. Então, não me assustaria com a redução dos financiamentos de 60 para até 24 meses como forma de contensão", projetou.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Mato Grosso segue com 2ª menor taxa de desemprego do país, aponta IBGE

Em mais um trimestre, Mato Grosso segue com uma...

Black Friday em Mato Grosso deve movimentar mais de R$ 500 milhões, aponta Fecomércio

Mato-grossenses devem gastar mais durante a Black Friday, conforme...

Sinop: sobe preço da carne, arroz, tomate, café e preço médio da cesta básica vai a R$ 854

O Centro de Informações Socioeconômicas (CISE) da Unemat, em...

Empresas de Nova Mutum ofertam quase 200 vagas de empregos

Diversas empresas e indústrias, entre as mais de 8...
PUBLICIDADE