O novo presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso – Acrimat – para os próximos três anos foi eleito nesta sexta-feira. O pecuarista José João Bernardes assume a direção da entidade no dia primeiro de janeiro de 2011. Bernardes vai dirigir a entidade que representa 35 mil proprietários rurais detentores do maior rebanho bovino do país com 27,3 milhões de cabeças, sendo o maior produtor e o segundo maior exportador de carne do Brasil.
Pecuarista sempre atuante, Bernardes enumera algumas metas para os próximos três anos. “Primeiro esperamos que tenhamos um governo que reconheça a importância da pecuária para o desenvolvimento do Estado e que a gente possa continuar trabalhando num processo de produção sustentável. Precisamos também agregar valor, melhorar a renda do produtor e estreitar a inter-relação do produtor com o consumidor final”, salientou. Bernardes também ressalta que “vamos conscientizar o pecuarista que o único caminho viável para o setor é a união, pois uma Acrimat forte defende melhor os interesses de todos”.
O presidente que deixa o cargo, Mário Candia, diz que o setor vem se fortalecendo e que “a Acrimat tem um importante papel nesse processo, pois atuamos em várias frentes de trabalho para dar suporte aos nossos associados”. Candia salienta que a Associação teve papel preponderante para encontrar os caminhos para acabar com a insegurança jurídica dos produtores no que se refere a questão ambiental, “principalmente na região Norte de Mato Grosso, que detém 50% do rebanho do estado, além de realizarmos uma grande integração do setor com a implantação de 08 pólos regionais, com representantes eleitos pelos pecuaristas”. Ele ainda ressalta que a Acrimat vem dando assistência jurídica aos associados no caso dos inúmeros processos de Recuperação Judicial dos frigoríficos e disponibilizando ferramentas para gestão das propriedades rurais aos produtores.
A Acrimat realizou várias ações para traçar o verdadeiro cenário da pecuária de Mato Grosso, como levantamento das áreas de pastagem, do custo de produção, levantamento de reajustes aplicados nos três elos da cadeira produtiva da carne (arroba, atacado e varejo), criação do Fórum Permanente da Bovinocultura de Corte de Mato Grosso com a participação de 18 entidades representativas; criação do Programa de Gestão de Sucesso (GPS), linhas de financiamentos específicas para a pecuária de corte e a pantaneira, parceria técnica com a Embrapa e outros órgãos; mobilização da classe política para efetivar ações previstas no Plano de Aceleração do Crescimento, participação em inúmeras Câmaras e Fórum Nacionais, e outros.