Após fecharem o pregão de sexta-feira (29) sem tendência definida para o curto prazo, mas predominantemente em queda para os de longo prazo, os contratos de juros futuros abriram as negociações em baixa nesta sessão, refletindo rumores de aumento da liquidez internacional e o resultado das eleições no Brasil, com a vitória de Dilma Rousseff (PT).
Embora as expectativas de aperto fiscal sejam menores em relação à petista do que eram em relação ao seu oponente tucano, José Serra, o "mercado parece dar algum respaldo à possibilidade de se ter algum ajuste fiscal, sobretudo se um dos principais fiadores de credibilidade e articulador político da campanha , o ex-ministro Palocci estiver na linha da frente do primeiro escalão do novo governo", segundo a Prosper Corretora.
Para a instituição, "a equipe econômica tem dado sinais que perseguirá uma queda da taxa real de juros ao longo dos próximos anos". Além disso, o recuo nos juros futuros também "ganhou consistência com a divulgação do cronograma dos leilões de títulos públicos do Tesouro para novembro", notaram os analistas.
Nesta semana, as atenções também se voltam para o Federal Reserve e as eleições para o Congresso nos Estados Unidos. Enquanto a autoridade monetária decide na quarta-feira (3) se irá ou não adotar novas medidas de estímulo, as cadeiras do Senado e da Casa dos Representantes serão escolhidas na terça-feira (2).
Vale lembrar que o volume de negociações deverá ser reduzido nesta sessão, devido ao fechamento dos mercados na próxima terça por causa do feriado do Dia de Finados.