Começou à zero hora de hoje (17) a edição 2010/2011 do horário de verão com o adiantamento de uma hora nos relógios das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste e que se estende até o dia 20 de fevereiro do ano que vem. Neste espaço de tempo, o Estado deve economizar 1% do consumo energético, o que equivale a 24,249 mil megawatts-hora (MWh).
Mas o principal objetivo da medida não é a redução do total de energia consumida, mas uma redução da demanda no horário de pico, entre às 18 horas e 21 horas.
Neste intervalo de tempo, quando as pessoas retornam para casa, aumenta o consumo em virtude do acendimento de lâmpadas e chuveiros, responsáveis por grande parte do consumo residencial. A Rede Cemat, concessionária de energia em Mato Grosso, estima que a economia no horário de pico chegue a 5,5%, índice maior do que o economizado no ano passado quando o percentual de redução foi 4,5%.
Mas a economia nem sempre é percebida pelos consumidores, que no final do mês não têm a o valor da conta de luz menor. É o caso da dona de casa Maria Rita Leite Rodrigues, que apesar de gostar no horário devido à antecipação do dia, não tem a conta reduzida. "Até gosto porque acordo mais cedo e o dia também dura mais. Porém não vejo nenhuma redução na energia, aqui é muito quente e continuamos consumindo a mesma quantidade".
No comércio o impacto pode ser até negativo, como é o caso da panificadora América. Segundo o proprietário Marcelo Silveira, o movimento pela manhã reduz muito. "As crianças que vêm tomar café-da-manhã param de vir porque preferem ficar dormindo um tempo a mais". Além disso, Silveira diz que para os funcionários o adiantamento também é ruim, porque eles precisam chegar antes das 6h e quando é horário de verão ainda está escuro. "É perigoso até assalto nesta hora".