O Sindipetróleo (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso) enviou nota, ao Só Notícias, esclarecendo razões para que o preço da gasolina no Estado seja o mais caro no Centro-Oeste, conforme a Agência Nacional do Petróleo (ANP), sendo de R$ 2,70, podendo chegar ao valor máximo de R$ 3,29 por litro após ter feito pesquisa em 137 postos. O sindicato aponta que o preço é praticado livremente pelo revendedor mato-grossense se diferencie dos demais. O primeiro-secretário do sindicato, revendedor Bruno Borges, cita que entre os motivos está a logística de transporte dos combustíveis. "A gasolina que abastece os postos de Mato Grosso vem principalmente de Paulínia (SP) via rodovias. Sendo assim, o preço do frete é alto e colabora para o encarecimento do produto. Hoje o frete da gasolina gira em torno de R$ 0,14", explica o primeiro-secretário do Sindipetróleo, Bruno Borges.
Os impostos como o ICMS (Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e prestações de serviços de transporte interestadual, intermunicipal) e outras cargas tributárias também oneram o combustível não só para o consumidor final, mas também para o revendedor. "Somados, os impostos que incidem sobre a gasolina chegam a equivaler 46% do preço da gasolina", destaca Bruno.
O diretor explica ainda que o custo operacional de um posto de Mato Grosso é maior que de outros Estados. Ele destaca que, para que o preço diminua, é preciso haver contribuição dos governos. "Há distribuidoras que aguardam a chegada da ferrovia em Rondonópolis para instalarem bases lá. Em tese, é um meio de transporte mais barato, o que também pode ajudar na redução de preços na Região Sul", diz.
Borges conclui que cada revendedor é quem define o preço de venda na bomba e que o mercado é livre. "O revendedor precisa sobreviver como qualquer outro empresário", ressalta.