O crédito direto ao consumidor (CDC) foi a modalidade mais usada para a aquisição de um carro no primeiro semestre deste ano, revelou a Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras) nesta sexta-feira (13). Enquanto a forma de pagamento correspondeu a 43% dos veículos comercializados, o leasing respondeu por 13%, o consórcio foi responsável por 6% e o pagamento à vista, por 38%. Desta forma, o saldo total das carteiras de leasing e crédito direto ao consumidor para aquisição de veículos pelas pessoas físicas cresceu 13,5% de janeiro a junho, frente ao mesmo período de 2009, ao atingir R$ 167,3 bilhões no sexto mês do ano.
As operações de CDC aumentaram quase 34%, para R$ 111,5 bilhões em junho, enquanto a carteira de leasing registrou uma alta de 13,1%, para R$ 55,8 bilhões.
Taxas de juros
Em junho, a taxa média de juros praticada se manteve estável frente a maio em 1,43% ao mês (18,58% ao ano). No sexto mês de 2009, os juros estavam maiores, em 1,49% ao mês (19,42% ao ano).
"As recentes elevações da taxa Selic, desde o mês de abril, tiveram reflexo nos juros praticados em todo o mercado. No entanto, não registramos impacto nas vendas de veículos por meio de CDC", disse o presidente da Anef, Décio Carbonari.
Quanto à inadimplência acima de 90 dias em operações de CDC, ela ficou em 3,6% em junho deste ano, ante 5,4% no mesmo período de 2009. O prazo médio de financiamento, por sua vez, passou de 40 para 42 meses entre os seis primeiros meses do ano passado e deste ano.
De acordo com Almeida, o primeiro semestre foi de boa evolução no setor automotivo, o que deve continuar até o final do ano, quando as carteiras de CDC e leasing para motos e veículos vão apresentar incremento entre 10% e 15% frente a 2009.
Motos e caminhão
No segmento de motocicletas, o CDC responde por metade dos veículos comercializados no primeiro semestre, ante 30% do consórcio, 1% do leasing e 19% dos pagamentos à vista.
No setor de veículos comerciais (caminhões e ônibus), as negociações por Finame tiveram mais representatividade, de 73%, seguidas pelo CDC (9%), pelo leasing (6%) e pelo consórcio (2%). As vendas à vista responderam por 10% do total.