Abadia Paes Proença, 36, foi preso por envolvimento na morte da advogada Ana Antônia da Cunha, 64. Ele foi abordado pelos policiais quando tentava vender uma caminhonete, modelo Saveiro, que era da vítima e foi roubada pelos criminosos. Na casa dele, uma república no bairro Lixeira, estavam guardados objetos que sumiram da casa da vítima, como geladeira, computador, rádio, além de 2 cheques assinados pela advogada. Conforme informações, o crime teve a participação de mais 2 pessoas.
O acusado diz que não matou a mulher e que foi contratado por um homem, "Senhor Luiz", para vender o veículo. Ele chegou a ir até um despachante para saber as condições do carro.
Até a tarde de ontem, Abadia era indiciado por receptação de produtos roubados, mas no decorrer das investigações mais crimes podem ser incluídos.
O homem citado pelo preso é conhecido na vizinhança do bairro Araés, onde morava a advogada, por fazer pequenos serviços de manutenção nas casas. Ele já trabalhou para a vítima e também será ouvido pela Polícia.
O delegado Silas Tadeu Caldeiras é responsável pela investigação e não quis falar sobre o inquérito ontem.
O corpo da advogada foi encontrado no dia 19 de julho. Ana estava em cima da cama, com mãos e pés amarrados. Na boca, os criminosos colocaram uma mordaça e devido ao estado de decomposição, os técnicos da perícia acreditam que ela morreu 20 dias antes de ser encontrada pela irmã.
Na ocasião, os familiares relataram que tiveram contato com a advogada há mais de um mês. Desde então, não a viram mais. Um dos irmãos, que reside em Cáceres, Amarílio da Cunha, disse que nesse período ligou várias vezes na casa, mas ninguém atendia aos telefonemas. "Nós pensamos que ela tinha viajado ou mudado de casa sem avisar ninguém".
A Polícia trabalha com a possibilidade de o crime ser latrocínio, que é roubo seguido de morte. O corpo estava enrolado em vários cobertores para abafar o cheiro forte que estava dentro da casa.