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Demanda por carros usados cresce 40% em Mato Grosso

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O comércio de automóveis usados estão até 40% maiores nas revendedoras de Mato Grosso este mês em relação a igual período de 2009. O desempenho é influenciado pelo fim do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente na venda de carros novos que motivou uma queda expressiva para algumas revendas do Estado. Devido ao excesso de oferta de carros no período em que a alíquota estava reduzida, os empresários acreditam que houve saturação no mercado. Agora, porém, o presidente da Associação de Revendedores de Veículos de Mato Grosso (Agenciauto-MT), Isnel Almeida, avalia que o segmento já apresenta recuperação.

De acordo com ele, o aumento ficou entre 25% a 30% neste mês em relação ao mesmo período do ano passado. Almeida afirma que o setor já se aproxima da média de 3 carros usados para cada novo vendido pelas concessionárias. Na época de IPI reduzido o indicador era menor e preocupou muitos empresa"rios do setor. Ele aponta ainda que em Mato Grosso são registradas, em média, 7,5 mil transferências de carros usados por mês. Sobre os preços, o presidente da Agenciauto aponta que o deságio entre o carro seminovo e o zero retornou aos patamares de 25% a 30%. "Um Celta 4 portas completo, novo, por exemplo, hoje é vendido a cerca de R$ 33 mil, enquanto que um mesmo veículo de modelo 2009/2010 é comercializado na média de R$ 26,9 mil".

Os revendedores confirmam que a diferença do carro novo para um usado é alta. De acordo com a proprietária da Kalypsocar, Marta Serra, o aquecimento do mercado chegou a 40%. "Estamos contentes com retomada das vendas". Ela diz que as taxas cobradas para o financiamento de um zero equivalem às impostas para a venda de um usado. "Antes a diferença era expressiva". De acordo com ela, o consumidor voltar a acreditar no carro usado. "Por diferença de preço ser grande o comércio dos seminovos aumentou".

No entanto, o empresário, dono da 707 Veículos, Diogo Tenuta, acredita que o mercado se mantém estagnado. Ele destaca que a redução do IPI fez com que o mercado ficasse saturado. "Quem tinha que comprar o carro aproveitou para encomendar um novo". Segundo ele, a expectativa é que o consumo retome até o fim do ano.

 

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