Empresários do setor madeireiro do município de Feliz Natal (130 km de Sinop) foram hoje, à Assembleia Legislativa e apontaram “situação alarmante” devido as constantes operações federais e fiscalizações do Ibama, resultando no fechamento de algumas madeireiras, cuja atividade representa 80% da economia local. O madeireiro José Antônio Biela, falando em nome dos empresários, apontou que o Ibama está há 55 dias fiscalizando madeireiras que há seis meses foram vistoriadas pela Sema (Secretaria Estadual de Meio Ambiente). O órgão estadual não encontrou irregularidades. Em particular, Biela que é proprietário de uma madeireira e gera 130 empregos diretos, está desde o último sábado (17) com o seu empreendimento lacrado pelo Ibama.
“Quer dizer, perante o Governo do Estado eu estou correto, mas para o Governo Federal não estou. Essa é uma dura realidade que muitos de nós estamos passando e estamos aqui para pedir apoio no sentido de encontrarmos uma solução”, declarou o empresário.
O caos econômico tem apresentado reflexos em outros setores. O presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Feliz Natal, Remi Corrêa, afirmou que o grande prejuízo é a falta de perspectivas na região devida a crise instalada. “O comércio é solidário a causa porque depende deste outro setor para movimentar a economia do município. Para se ter uma ideia, desde quando começaram essas operações, há seis anos, a cidade está em declínio. Tínhamos em torno de 12 mil habitantes e hoje temos em torno de sete mil apenas”, apontou o comerciário.
Já o ex-prefeito de Feliz Natal Manoel Messias explicou que a cidade vive do extrativismo e a madeira representa parcela expressiva da economia e que as instabilidades não podem continuar.