O presidente do Sindicato das Indústrias de Biodiesel no Estado (SindiBio), Sílvio Rangel, disse hoje, em audiência, ao governador Silval Barbosa, que a produção de biodiesel pode ser também uma alternativa de fortalecimento da agricultura familiar em Mato Grosso e apontou algumas incentivos que podem ser concedidos para fortalecer o setor. O SindiBio apresentou ainda a proposta da criação de um fundo de apoio à pesquisa de novas alternativas de matérias primas para a produção de biodiesel. O assessor econômico do sindicato, Carlos Vitto, lembrou que, apesar de ser um novo mercado, já gera efeitos no Estado com o adensamento das cadeias produtivas que antes só contavam com a exportação de grãos como alternativa.
"Por exemplo, as alternativas que se tinham pelo volume de soja, antes do biodiesel, era apenas a soja porque a exportação da soja passa primeiro pela decisão do que se vai fazer com o óleo e o farelo", explicou o assessor, ao argumentar que a proposta do SindiBio cria um mercado para o óleo, cuja exportação caiu 16%, e também opção da oferta com o esmagamento da soja que resulta 80% em farelo e 20%, óleo. "Uma oferta muito grande que está atraindo novos investimentos especialmente para a produção de aves e suínos", completou ainda.
O secretário extraordinário de Projetos Estratégicos e gestor do MT Regional, Renaldo Loffi, informou que o governador ficou de analisar as reivindicações, "a respeito da comercialização de biodiesel, da comercialização interna e externa de produtos para a transformação, da gordura animal e o óleo de soja". Segundo o secretário, isto facilitaria o intercâmbio entre as indústrias de biodiesel dentro do Estado.
Loffi admitiu a possibilidade da criação do fundo para o desenvolvimento de um trabalho de pesquisa à busca de novas alternativas de oleaginosas para as indústrias de biodiesel, "principalmente visando à produção na agricultura familiar que há uma necessidade de incentivos na geração de emprego e renda dentro da propriedade rural junto aos agricultores familiares", lembrou o secretário.
Mato Grosso sai na frente no desenvolvimento da cadeia de biodiesel com 27 unidades processadoras, 23 delas cadastradas na Agência Nacional do Petróleo (ANP) e 15 já afiliadas ao Sindicato das Indústrias de Biodiesel no Estado. Dessa forma, vai se promovendo a verticalização da economia e agregação de valores", assinalou o presidente do SindiBio, Sílvio Rangel.