Com nenhum acordo confirmado, até o momento, entre o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e do Mobiliário -Siticom- e Sindicado das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado -Sindusmad- os representantes da categoria dos trabalhadores poderão, nos próximos dias, manter as negociações diretamente com a empresa. A afirmação é do presidente Eder Pessine.
“Algumas madeireiras já estão fazendo o reajuste, estamos apresentando o índice. Pelo menos os 10%, acordados em assembleia, em Cuiabá, devem ser aplicados”, explicou, ao Só Notícias. Segundo Eder, as negociações com o Sindusmad não avançaram. “Os 7% oferecidos para nós não resolve”, destacou o líder do Siticom, acrescentando que este percentual deixaria o piso em R$ 541, “valor inadequado para uma família. No mínimo deve ser de R$ 765, o que corresponde a um salário e meio, para que a família pague o aluguel, as despesas com alimentação e contas como a de energia durante o mês”, explicou.
As duas categorias poderão discutir o assunto novamente, em mesa redonda, mas sem data confirmada. Caso não haja acordo, o Siticom deverá negociar, individualmente, com cada empresa, reunindo representantes, funcionários e sindicato, para estabelecer o acordo.
O pedido inicial da categoria, conforme Só Notícias informou, é reajuste de 17% e outras cláusulas como prêmios por assiduidade, participação de resultados e outros relacionados a férias.
Ano passado, o acordo também demorou para ser estabelecido, saindo apenas em julho, quando foram concedidos 7%, definindo os pisos salariais da seguinte maneira nível 1: R$ 506,40; nível 2: R$ 560; nível 3: R$ 600; nível 4: R$ 616. O percentual foi o mesmo trabalhado em 2008.