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Produtores em MT aguardam prorrogação da parcela da divida agrícola

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Os ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Fazenda estudam prorrogar o prazo de pagamento das dívidas rurais que vencem neste ano. A afirmação é do deputado federal Homero Pereira (PR-MT), da bancada ruralista na Câmara. Em Mato Grosso, o valor estimado das parcelas referentes às operações de créditos para 2010 está avaliado entre R$ 2 bilhões e R$ 3 bilhões. Segundo Pereira, o volume da dívida rural de Mato Grosso cujas parcelas a vencer equivale a cerca de 15% e 20% do débito total que circula setor agropecuário brasileiro, que totaliza R$ 15 bilhões.

O deputado explica que a possibilidade de prorrogação da dívida foi pauta de uma reunião, realizada nesta terça-feira (1º), entre o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, o secretário-executivo a pasta, Gerardo Fontelles com representantes do setor agropecuário mato-grossense. Pereira destaca que a situação já era previsível uma vez que o programa de prorrogação, aprovado pelo Congresso Nacional, e sancionado pelo governo federal, foi paliativo. “No programa, os juros continuaram altos (em média 17,5% ao ano) para um financiamento rural”.

Homero Pereira solicitou ao ministro e ao secretário que as parcelas que vencem em julho sejam prorrogadas para o fim do contrato de refinanciamento. Em 2009, a União equalizou 40% dos encargos. De acordo com ele, os produtores estão com dificuldade de quitar as parcelas e ainda pagar o custeio da safra atual. Essa situação, no entanto, já dura cerca de 6 anos. Até o fechamento desta edição, o Mapa não havia confirmado, via assessoria de imprensa, a intenção da prorrogação de pagamento das dívidas. Dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) apontam que o débito agrícola mato-grossense acumula a cifra de R$ 10 bilhões. O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Glauber Silveira, ressalta que para este ano, 67% dos produtores não terão condições de quitar seus débitos. Além disso, ele diz que o Imea, juntamente com a Aprosoja, analisaram 9 cenários de rentabilidade do produtor mato-grossense. No estudo foi constatado que em 6 situações os agricultores não possuíam condições de pagamento da parcela mínima de 2010. Já os produtores que ficaram nos outros 3 cenários, em 2 cenários os agricultores possuem condição de pagar parcela de até R$ 200/ha e em apenas 1 cenário existe a condição de pagamento da parcela superior a R$ 200/ha.

 

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