A Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) distribuiu nota responsabilizando o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) pela crise pela que passam frigorífico de pequeno e médio portes e menciona o pedido de recuperação do Frialto, que suspendeu abates em 3 frigoríficos em Mato Grosso (Sinop, Matupá e Nova Canaã), além de plantas do Mato Grosso do Sul e Rondônia. “A ausência de políticas de financiamento do BNDES continua deixando o setor fragilizado e pessimista sobre o seu futuro”, critica o presidente da associação, Péricles Salazar. “O pedido de recuperação judicial apresentado pelo Grupo Frialto, empresa tradicional e bem conceituada no mercado de carnes é mais um exemplo de como o BNDES se mostra insensível para as necessidades das pequenas e médias empresas”, complementa.
O presidente da associação que reúne os frigoríficos brasileiros aponta que, “o problema do Frialto estende a desconfiança para os produtores e o sistema financeiro, levando mais dificuldades para toda a cadeia produtiva. Temos conhecimento que o próprio Frialto requereu financiamento do BNDES e não foi atendido. Assim como esta empresa, outras de igual porte têm sido barradas, inexplicavelmente”, apontou.
“A Abrafrigo apela para as autoridades no sentido de que o BNDES também apóie as pequenas e médias empresas, porque entende que ajudá-los a se recuperar e permanecer no mercado significa amparar milhares de produtores pecuaristas fornecedores e todo o conjunto de atividades que orbitam ao redor destes frigoríficos, finaliza Salazar.
Segundo a Abrafrigo, antes da crise do Frialto, havia 15 plantas em recuperação e agora elas somam 18 somente no Mato Grosso. Conforme Só Notícias informou, em primeira mão, o grupo Frialto pediu recuperação judicial, no útimo dia 25, na comarca de Sinop. Oficialmente, não é mencionado o montante da dívida nem o número de funcionários demitidos até agora. Só em Sinop havia cerca de 700 pessoas trabalhando.
Em nota divulgada neste sábado, a direção do Frialto aponta que está buscando saídas para pagar débitos com pecuaristas, funcionários e que retomará suas atividades.