Mato Grosso tem potencial suficiente para se destacar na cadeia da indústria têxtil. A disponibilidade de matéria-prima é o fator predominante que deverá atrair empresas do segmento ao Estado. Recentemente a maior empresa da América Latina, Vicunha Têxtil, assinou um protocolo de intenções para a implantação de uma unidade em Cuiabá. O diretor da empresa, Marcel Yoshimi Imaizumi, afirma que Mato Grosso tem condições para se tornar um grande exportador de tecidos, desde que alie a produção do algodão à melhor infraestrutura logística e incentivos fiscais.
Durante um evento, realizado pela Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), em comemoração ao Dia da Indústria (celebrado no último dia 25), Imaizumi ministrou uma palestra sobre a situação da cadeia têxtil no Brasil e as intenções da empresa no Estado. De acordo com ele, o segmento carece de políticas de desenvolvimento. "Temos muito o que crescer". Sobre a unidade que será instalada no Estado, o diretor da Vicunha aponta que o projeto visa investimentos na ordem R$ 350 milhões por mês, com produção mensal estimada em R$ 6 milhões de metros de tecidos.
Ele diz que a expectativa é de atender 80% o mercado interno e 20% será exportado. A unidade deverá ficar pronta até o ano que vem. Imaizumi destaca ainda que o consumo de algodão da empresa será de 5,4 mil toneladas por mês, aproveitando a matéria-prima da região. "Com isso, a unidade deverá registrar um faturamento mensal de R$ 440 milhões". O diretor da empresa ainda destaca que serão gerados aproximadamente 2 mil empregos diretos e cerca de 6 mil indiretos. A empresa foi beneficiada com a isenção de 96% do ICMS durante 15 anos e desconto de 60% no IPTU.