A Teca pode ser uma espécie favorável ao desenvolvimento sustentável, da floresta com a agricultura e a pecuária, sistema que vem sendo pesquisado e adotado em algumas regiões de Mato Grosso. O enfoque foi dado durante o workshop que começou, ontem à tarde, no auditório do Senai e encerra hoje. O agrônomo Evandro Figueiredo, da Embrapa Rondônia disse, ao Só Notícias, que estudos mostram a viabilidade da planta que pode ser cultivada no “sítio florestal” com integração. “A floresta permanece, o que faz o rodizio é a lavoura com a pecuária. A teca ocupa seu espaço e pode muito bem gerar lucros ao produtor juntamente com os outros dois. Nossos experimentos mostram que Mato Grosso tem um solo com textura favorável, bem drenado, profundo e fértil, além do clima que ajuda muito”, disse.
A produção em escala é outro fator econômico rentável. Segundo Figueiredo, os outros Estados não possuem características como Mato Grosso e Rondônia, os dois maiores produtores. A média de outras regiões é de 180 a 200 metros cúbicos por hectares, enquanto que, em solo matogrossense, se alcança em entorno de 350 metros cúbicos.
Ele salienta ainda que a Embrapa sugere a espécie para plantio em áreas degradadas e também para reflorestamento. O mercado dispões de sementes convencionais e plantas clonadas, e o preço varia entre R$ 0,30 a 3,00. O custo de produção por hectare gira entre R$ 2.100 a 2.900 mil.
O encontro de estudos e pesquisas reúne técnicos da Embrapa Acre, Rondônia, Embrapa Florestas e a Embrapa Mato Grosso e hoje os participantes farão grupos de trabalho e discutirão perspectivas de atuação e pesquisas com a espécie. O evento conta com apoio do Sindusmad.