O coordenador geral da Central Analítica de Combustíveis (Ceanc), Aylton José Terezo, professor do Departamento de Química da UFMT, diz que um dos exemplos do efeito da parceria é a possibilidade de se colocar em prática a transferência de tecnologia e pesquisas da universidade em benefício da sociedade, por meio dos produtos das indústrias, o que deve resultar na descoberta de novos produtos e da mitigação de resíduos ao ambiente provenientes da produção de biodiesel, por exemplo. A central analítica da universidade já realiza 13 dos 23 ensaios para especificação do produto, conforme determinado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).
O acordo de cooperação, analisa o pesquisador, serve ainda como suporte para a nova indústria de biodiesel já consolidada e da qual Mato Grosso é destaque na produção de um combustível renovável. Somente no primeiro trimestre deste ano, o Estado produziu 26,4% do biodiesel nacional, com 141,283 milhões de litros. A produção dos 3 meses foi 84,4% maior do que o mesmo período do ano passado, quando totalizou 76,617 milhões/l.
O presidente do SindiBio, Sílvio Rangel, relata que em Mato Grosso existem 27 unidades produtoras, sendo 23 cadastradas junto à ANP e 15 já sindicalizadas. Ele ressalta a importância da parceria entre o setor produtivo e a área de conhecimento como avanço para o segmento. "Somos o primeiro estado a trabalhar com o biodiesel, o primeiro a formar o sindicato e agora o primeiro a trabalhar com uma universidade". No ato da assinatura do convênio, que ocorreu na quinta-feira (6), a reitora da UFMT, Maria Lúcia Cavalli Neder, contou que a instituição passou a fazer parte, no ano passado, da Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroalcooleiro (Ridesa), integrada por 10 universidades.