Março registrou o primeiro resultado negativo na geração de empregos. Houve mais demissões que contratações. Juntas, as indústrias e empresas de todos os segmentos econômicos demitiram 663 trabalhadores a mais. Elas mandaram embora 31.771 e contrataram 31.108. Os números foram obtidos por Só Notícias no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, que contabiliza apenas os empregos formais, ou seja, com carteiras assinadas.
O setor que mais dispensou no Estado foi a agropecuária, devido ao encerramento do período da colheita da safra. Foram 1.456 dispensados a mais em todas as cidades cuja principal base da economia é agricultura e pecuária. Foram 8.084 demitidos e 6.628 contratados. Em seguida aparece o comércio, com saldo negativo de 873 dispensados a mais resultado de 8.738 dispensados e 7.865 contratados. O serviço industrial de utilidade pública (onde estão relacionadas as centrais elétricas) fecha a relação dos setores que tiveram saldo negativo, com 11 funcionários, diferença entre 112 dispensas e 101 contratações.
Por outro lado, cinco atividades econômicas fecharam o mês passado gerando mais empregos. A indústria de transformação (onde estão as madeireiras) lidera o ranking com saldo de 551 empregados a mais (6.040 admissões e 5.489 demissões); em seguida está a prestação de serviços, que gerou mais 504 empregos (diferença entre 6.974 contratados e 6.470 dispensados); a construção civil contratou 488 a mais (3.302 admitidos e 2.814 demitidos). No setor de extrativismo mineral, 126 pessoas foram empregadas a mais – resultado de 184 admissões e 58 demissões.
De janeiro até final de março, o Caged aponta que foram feitas 93,4 mil admissões e 78,1 mil desligamentos, saldo de 15,3 mil pessoas empregadas a mais. Em janeiro, o saldo foi de 8.852 trabalhadores contratados e, em fevereiro de 7.125.