O consumo de combustíveis em Mato Grosso segue ascendente e confirma a tendência dos últimos 3 anos. O total dos produtos consumidos no Estado em janeiro ampliou em cerca de 4,7%, se comparado mesmo mês do ano passado (de 212,595 milhões de litros para 222,566 milhões de litros). Entretanto, o álcool teve redução de comercialização em janeiro deste ano em relação a dezembro (38,6 milhões para 32,8 milhões de litros), apesar da utilização de maior número de carros flex ou bicombustível e quase a totalidade dos veículos saírem nessa modalidade das fábricas. Em relação a janeiro de 2009, a expansão do etanol atinge 7,7%.
Já na gasolina, o incremento chegou a 4,9%. No diesel, de maior demanda, a expansão foi de 4,4% (de 135,327 milhões para 141,285 milhões de litros). Ao se analisar a demanda pelo álcool em Mato Grosso, desde 2007, o valor é crescente e ampliou em cerca de 270%. O consumo era de 107 milhões de litros naquele ano e encerrou em 393,9 milhões em 2009. O superintendente do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras de Mato Grosso (Sindalcool-MT), Jorge dos Santos, conta que o apelo para o combustível tende a se manter, com a estimativa de crescer 10% este ano. Ou, 433 milhões de litros.
Além de atender o mercado mato-grossense, as indústrias do setor atenderam com álcool no ano passado os Estados do Acre, Amazonas e Rondônia, com 130 milhões de litros.
Campanha – O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Mato Grosso (Sindipetróleo), Aldo Locatelli, critica o governo do Estado ao definir que R$ 0,73 por litro do valor da gasolina fica com a máquina pública em impostos. Ele foi eleito presidente e toma posse no dia 5 de maio para um período de 4 anos. "Na gasolina, o governo do Estado fica com R$ 0,73/l. O resto é PIS, Cofins, royalties e Cide".
Ele explica que em média o ganho das revendas é de R$ 0,35/l e que o preço da gasolina sem imposto é de R$ 1,16. Mas, o governo tributa em cima de R$ 2,94. "O governo do Estado cobra 25% sobre R$ 2,94". A campanha, cita, Locatelli, é para explicar ao consumidor que os donos de postos não são vilões. Ele diz não ser contrário a incentivo, como no caso de usinas que pagam menos imposto, mas afirma que de R$ 155 milhões anuais de ICMS, as usinas pagam R$ 55 milhões.
O secretário-adjunto de Receita Pública da Sefaz, Marcel Souza de Cursi, diz que os donos de postos venderiam a gasolina a R$ 1,6469/l, sem os impostos. "Eles compram a R$ 0,79 e vendem por 131% acima do preço comprado". Ele defende a abertura de preço, pois assim se define a margem de ganho. "Eles estão ganhando R$ 0,80 na cadeia de distribuição". Marcel defende que o incentivo às usinas do Estado é estratégico para beneficiar o consumidor estadual com preço menor cobrado pelo litro do hidratado.