Além de agilizar o escoamento da safra agrícola e demais produtos de Mato Grosso, a futura Ferrovia Centro-Oeste vai reduzir o fluxo de cargas pesadas nas rodovias será um dos resultados positivos alcançados com a utilização compartilhada dos modais de transporte. Uma das preocupações na elaboração de novos projetos para transporte no país, atualmente, é a redução de dióxido de carbono (CO2). Estudos revelam que o transporte por hidrovias causa menos impacto, seguido das ferrovias. O modelo rodoviário é o que mais polui, principalmente com a queima de combustível e resíduos de pneus.
Levantamento da Empresa Brasileira de Planejamento e Transporte (GEIPOT), mostra que atualmente, 81% do transporte de soja no Brasil é feito por rodovias, apenas 15% por ferrovia e 4% por hidrovia. Em Mato Grosso, devido a sua geografia com região longínquo, a logística exige muitos veículos rodando diariamente no transporte de cargas e passageiros e na locomoção de veículos de passeio.
Conforme o estudo, alem de ajudar o meio ambiente, a construção da ferrovia vai baratear os custos de logística, um dos mais caros do mundo em Mato Grosso. Ao interligar a Ferrovia Norte Sul (que tem um ramal em Alto Taquari, em Mato Grosso), as distâncias serão encurtadas, reduzindo em cerca de 30% o custo do frete e ampliará o acesso aos portos de exportação, entre eles, o de Itaqui e Porto Franco no Maranhão.
Outro faor importante é que gasta-se 50% do valor da soja, com fret,e para chegar aos portos e mandar o produto para o exterior. O Geipot aponta também que o preço médio por transporte ferroviário é R$ 45 a tonelada, percurso de 700km e o preço médio de frete por transporte rodoviário R$ 95 (oscila conforme o tipo de caminhão).
Conforme Só Notícias já informou, ontem foi apresentado, pelo governo federal, em Lucas do Rio Verde, o projeto para Mato Grosso ser inserido na Ferrovia Centro-Oeste que terá 1,6 mil km entre Uruaçu (GO) e Vilhena (RO) dando acesso ao porto. Os trilhos passarão por Lucas do Rio Verde, no Médio Norte mato-grossense. R$ 6,4 bilhões foram garantidos em investimentos através do PAC 2. A promessa é concluir a obra em 4 anos.
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