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Comércio de MT deve mais imposto e pode perder benefício

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O governo estadual está "reclamando" de muitos comerciantes mato-grossenses. Afirma que com a redução de 50% da Margem de Valor Agregado (MVA), conhecida como mark-up, a inadimplência tributária dos estabelecimentos comerciais mato-grossenses chega a R$ 2,5 milhões, desde dezembro, quando foi feita a concessão para que os contribuintes do Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) integrantes do regime Garantido Integral quitassem seus débitos tributários. As empresas que passaram a atrasar mais o pagamento de impostos é que têm operações de atacado, bebidas, medicamentos, supermercados, varejo e veículos. “Está difícil manter a carga tributária reduzida com este nível de inadimplência no segmento. A questão é que o próprio Garantido Integral fica inviável assim. A redução da carga tributária só é viável se todos pagarem. Quem não se regularizar não faz jus aos benefícios oferecidos pelo Governo do Estado. A Sefaz oferece facilidade de pagamento aos contribuintes em débito, como o parcelamento em 36 vezes, e o pagamento com carta de crédito com redução de até 90% na multa”, expõe o secretário estadual de Fazenda, Eder Moraes. Apesar da advertência, Eder não confirma se a redução do MVA será derrubada.

"O mark-up dobrado ou normal serve para coibir abusos contra a Secretaria de Fazenda para controlar a inadimplência, punir quem pratica crimes contra a ordem tributária e preservar o bom pagador. Bastou cedermos um pouco para a inadimplência dobrar, espero que isso sirva de uma vez por todas para não misturarem responsabilidade e austeridade fiscal com pressões contra o Fisco estadual. Não vamos confundir política com questões eminentemente técnicas. A sociedade pode avaliar quem quer seriedade e quem quer politicagem", afirmou Eder Moraes.

Os R$ 2,5 milhões não pagos derivam de um total de R$ 5,5 milhões constituídos no mês de dezembro frente ao segmento comércio. “Temos que ressaltar que estes TADs foram feitos pela constatação de fraudes e irregularidades nas operações. A redução de 50% do MVA foi um pedido constante do segmento que sozinho responde por dívidas de R$ 250 milhões, equivalentes a 58% do Conta Corrente Fiscal”, destaca o secretário de Fazenda, Eder Moraes.

Utilizando o cruzamento de dados com outros Estados das administradoras de cartões de crédito, foi constatado que 48% dos contribuintes do segmento declaram menos da metade das operações que efetivamente realizam. Assim, a adimplência no comércio é no mínimo 12 vezes menor que nos demais segmentos, um número que faz contraste com o contínuo crescimento econômico no varejo mato-grossense. 

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