Conhecida pelo potencial produtivo de grãos, em especial a soja, Sorriso aposta no fortalecimento de outras cadeias produtivas como forma de diversificar e promover renda. Entre as opções defendidas no município está a avicultura. Atualmente, estão espalhados pela cidade 80 aviários que anualmente produzem acima de 10,5 milhões de unidades. A média de lotes anuais chega a seis com 22 mil aves em cada um. Segundo a secretaria de Agricultura, a maioria ligada à atividade tem o perfil de médio e grande produtor. Conforme explica o secretário Márcio Kuhn, o pequeno acaba perdendo espaço porque, na maioria das vezes, a limitação está no fato de obter crédito.
“Eles não estão conseguindo crédito suficiente para ingressar na atividade. O pequeno produtor é minoria, ou seja, pelo menos 20%”, declarou o representante. Para Kuhn, é preciso também atrair um maior número interessados em atuar na avicultura. Estima-se que o investimento para quem deseja ingressar na atividade gire em torno de R$ 190 a R$ 200 mil. O volume seria o indicado para montagem de aviários com capacidade produtiva de pelo menos 22 mil aves.
Ainda segundo o secretário, entre os pontos que tornam a avicultura possível na cidade é o fato de se poder uni-la à agricultura, agregando valor ao produto. “Hoje, há matéria-prima (para alimentação) porque se produz duas safras. Precisamos fomentar a consciência do produtor para diversificar a atividade”, acrescentou Márcio Kuhn.
Em Sorriso, a indústria frigorífica em operação recebe aves também das cidades de Sinop, Vera e Lucas do Rio Verde. O abate mensal, segundo a empresa, gira em torno de 900 mil aves. A projeção da empresa era atingir 1,5 milhão de cabeças.