Saldo mais que positivo. Assim representantes do setor de construção civil em Mato Grosso comemoraram o ano de 2009. Os números ainda não são oficiais, mas a expectativa de atingir 12%, em relação ao ano anterior, foram superadas. "É um crescimento maior que o da China", afirma José Wenceslau de Souza Junior, presidente da Associação dos Comerciantes de Materiais de Construção de Mato Grosso (Acomac-MT).
Apesar de um início de ano conturbado, o setor seguiu em crescimento a partir de maio, na avaliação do diretor do Sindicato das Indústrias da Construção Civil de Mato Grosso (Sinduscon-MT), Júlio Flávio Miranda. A motivação foi um conjunto de fatores: a volta do crédito financeiro com o fim da crise; término do período de chuvas e programas como o Minha Casa, Minha Vida, do governo federal. Até mesmo a movimentação do pequeno consumidor, com reformas individuais, contribuiu, segundo Miranda.
Foi o que fez a contadora Tairça Nolasco, 26. Ela não titubeou ao investir em uma nova pintura do apartamento para o qual acabou de se mudar. "Achei os valores bem em conta nesta época". Materiais de acabamento em geral, como tintas, azulejos, louças e metais são os responsáveis por manter as vendas aquecidas, mesmo no período de chuvas. E a variedade atende todo tipo de bolso: os azulejos que variam de R$ 7,99 a R$ 25 (o metro quadrado), até metais para banheiro que custam entre R$ 70 e R$ 1 mil.
"Não podemos esquecer do aumento no valor do salário mínimo, válido já para o mês de janeiro, e as obras oficiais para a Copa do Mundo que são responsáveis por um início de ano mais atrevido que os outros", explica Júlio Flávio Miranda.