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Venda de autómoveis cresce 51%

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As vendas de automóveis e comerciais leves novos no Brasil cresceu 51,1% em dezembro em comparação com o mesmo período de 2008, segundo divulgou a agência de notícias Reuters. Com isso, o Brasil fechou 2009 com um novo recorde anual no volume de unidades comercializadas, estimado em 3,01 milhões.

Os dados consolidados devem ser confirmados nesta terça-feira pela Fenabrave, associação de concessionárias de veículos. A Anfavea, entidade que representa as montadoras instaladas no país, vai apresentar números que incluem produção e exportações na quinta-feira.

Segundo a Reuters, em 2009, foram comercializadas 3,010 milhões de unidades, num terceiro recorde anual consecutivo que já era esperado após 12 meses de benefícios concedidos pelo governo, com redução do IPI e fomento do crédito às vendas do setor.

As vendas de automóveis e comerciais leves em dezembro somaram 277.966 unidades, com uma média diária de emplacamentos de 12.635 nos 22 dois dias úteis do mês, disse à Reuters uma fonte do setor com acesso aos dados de licenciamento de carros. Em comparação com o mês de novembro, o aumento foi de cerca de 16,5%.

Para 2010, a previsão da Anfavea para vendas é de alta de 9,3% sobre 2009, para 3,4 milhões de unidades, incluindo ônibus e caminhões.

Para a economista Mariana Oliveira, da consultoria Tendências, este ano deve ser bastante positivo para o setor automotivo, apesar do forte movimento de antecipação de compras pelos consumidores interessados em aproveitar a redução do IPI, medida que foi prorrogada por três vezes.

Segundo ela, os juros para financiar automóveis devem continuar estáveis pelo menos até setembro e a melhora na massa salarial continuará, embasada na perspectiva positiva para a atividade econômica em geral.

"Isso deve dar um fôlego adicional que não vem dos incentivos do IPI", observou.

Outro movimento esperado pela consultoria para 2010, por conta da recuperação da atividade econômica do país, é o aumento gradual na participação de veículos da faixa média de preços –entre R$ 30 mil e R$ 40 mil — em relação aos populares, que chegaram a representar quase 56% das vendas em agosto do ano passado antes de recuarem a 52% em novembro.

"Com a crise, retornou uma participação maior de populares. Com a superação dela, temos a expectativa de que retorne a venda de veículos na faixa intermediária de preços", afirmou Mariana.

O movimento de vendas de veículos mais caros pode trazer consigo uma participação maior de veículos importados no mercado brasileiro, após a desvalorização de mais de 25% do dólar ante o real em 2009 e o excesso de capacidade produtiva internacional.

Em 2008, a participação dos importados nas vendas internas foi de 13,3%. Em novembro do ano passado, essa fatia foi de 18,1%.

 

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