Trabalhadores contratados pela empreiteira responsável pela construção de uma nova fábrica de cimento no distrito de Aguaçú, em Cuiabá, entraram em greve nesta segunda-feira (7) por tempo indeterminado. Os cerca de 460 profissionais reivindicam melhorias salariais, além de defenderem a redução no intervalo para visita aos familiares. Eles reivindicam que o período seja reduzido de 120 para 90 dias.
Conforme o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Cuiabá e Municípios (SINTRAICCCM), Joaquim Santana, as negociações com o gerente de recursos humanos da empresa não estão sendo satisfatórias, pois a empresa propõe reajuste de 11%, mas com corte de determinados benefícios, o ganho real seria de no máximo 2%.
Segundo o presidente, esta é a 5ª tentativa de negociação com a empresa, que não muda a proposta apresentada aos operários. O líder sindical afirma ainda que na proposta, a empresa retira o benefício de 25% sobre o salário para os funcionários de outros Estados e o adicional de hora-prêmio, o que causaria perda de R$ 110 na remuneração mensal. Além disso, os trabalhadores pedem o pagamento pela hora itínere, período gasto entre a residência e o local de trabalho.
Profissionais contratados como pedreiros e carpinteiros recebem R$ 4,70 por hora trabalhada e exigem aumento para R$ 4,90/hora. Auxiliares, como os serventes, têm recebido R$ 3,10/hora e reivindicam reajuste para R$ 3,85/hora e os montadores requerem pagamento de R$ 5,50.
Os trabalhadores prometem novas manifestações em frente à obra até que as negociações sejam concluídas. A assessoria de imprensa da empresa informou, por meio de nota, que o gerente de recursos humanos está na capital para intermediar as negociações, mas que ainda não havia retornado as ligações sobre o andamento das mesmas.
A fábrica de cimentos também foi procurada por meio da assessoria de imprensa, e afirmou que não acredita em uma alteração no cronograma de construção da fábrica em Cuiabá, diante do movimento grevista. O investimento na construção da nova unidade mato-grossense é de cerca de R$ 390 milhões e a inauguração está prevista para julho de 2012.