O presidente do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB-MT), Arilson da Silva, vai a São Paulo se reunir com o comando nacional dos bancários na sede da Contraf-CUT, e avaliar a greve e ampliar o movimento que completa 15 dias. No Estado cerca de 167 agências bancárias estão paralisadas, sendo que na grande Cuiabá, 99% das agências estão fechadas e, em Sinop -onde há cerca de 250 funcionários- a adesão é de 100%.
A reunião inicia às 10h com objetivo de reforçar a chamada para negociação com os bancos que, até o momento, não se pronunciaram diante da greve que teve início no dia 27 de setembro. De acordo com a assessoria do sindicato, os trabalhadores também avaliarão da paralisação nacional e planejarão ações para intensificar o movimento reivindicatório em todo país, caso os bancos não se pronunciem com proposta positiva.
Apesar da Fenaban publicar nota afirmando que aguarda os bancários para negociação, a categoria não recebeu nenhuma resposta da entidade patronal para retomar o diálogo. Entre os destaques das reivindicações dos bancários está a segurança, que os bancos já negaram nas outras rodadas de negociação, apesar da onda de ataques a bancos. Em Mato Grosso já são 27 ações criminosas nas agências bancárias e 71 ataques aos caixas eletrônicos. O mais recente ocorreu neste domingo (9), em um mercado no CPA IV.
“O término da greve só depende dos banqueiros e eles não estão se pronunciando para resolver nossas reivindicações. Vamos manter nossa luta por segurança, que é mais do que urgente, queremos mais contratações para que a população seja melhor atendida e não espere tanto nas agências. Nossa greve é por valorização e o destaque é a questão social, pois a sociedade deve ser prioridade nos bancos”, destaca o presidente do Sindicato, Arilson da Silva.
A greve dos bancários em Mato Grosso é cada vez maior o número de municípios que estão fortalecendo o movimento. Entraram para a lista de cidades que lutam pelos direitos da categoria Denise, Rosário Oeste, Comodoro e Guarantã do Norte.