Os bancários de Mato Grosso decidiram, agora há pouco, em assembleia na capital, iniciar, dia 27, greve por tempo indeterminado e rejeitaram proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) que não contemplou as reivindicações dos trabalhadores. Cerca de 200 bancários participaram da ação. “O recado foi dado pelos bancários à Fenaban. Se não tiver proposta justa na negociação chamada pelos bancos no dia 23 de setembro (sexta-feira), já está decidido que é greve a partir do dia 27”, finaliza o presidente do SSindicato dos Bancários no Estado, Arilson da Silva.
Enquanto os bancários reivindicam melhores condições de trabalho, segurança nas agências bancárias e mais contratações para melhor atender a população, os bancos ofereceram uma proposta rebaixada com Índice de 7,8%, nenhuma proposta para segurança e nem se comprometeram em mais contratações, sendo que a categoria pede reajuste salarial de 12,8%, além do fim do assédio moral e das metas abusivas, igualdade de oportunidade, entre outros.
“Os bancários foram unânimes ao recusar a proposta rebaixada da Fenaban que não garante mais investimento em segurança nos bancos nem contratações. Já passamos por 25 ataques a banco em Mato Grosso e a Fenaban não demonstrou nenhuma sensibilidade nesta questão. Queremos emprego decente e tivemos que usar este último instrumento de mobilização para que o banco atenda as nossas reivindicações. Pedimos que a população entenda nossa luta, pois contempla melhoria para todos. Merecemos bancos seguros onde o terror não esteja presente. Não abrimos mão das nossas reivindicações”, afirma o presidente.
Os banqueiros não se prontificaram em atender a categoria e só apresentaram uma proposta de 7,8%. Os trabalhadores consideram esta proposta insuficiente, pois a lucratividade dos bancos oferece condições para que as reivindicações dos bancários sejam atendidas.