As centrais sindicais estão reagindo a veiculação da campanha publicitária "Greve Custa Caro" apontando que fere o direito constitucional dos trabalhadores de se manifestarem por direitos através da greve. Como forma de impedir que o Fórum das Entidades Empresariais, responsável pela veiculação nos meios de comunicação, "caluniem ações de trabalhadores", as Centrais Sindicais protocolaram ofício, ontem, no Ministério Público do Trabalho, para procuradora Thalma Rosa de Almeida solicitando a retirada das campanhas. Central Única dos Trabalhadores, Força Sindical, Nova Central Sindical dos Trabalhadores, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito, Sindicato dos Bancários de Mato Grosso, Sindicato dos Metalúrgicos e Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Telefonia estão cobrando as providências.
As entidades alegam que, "mais do que defender o direito de greve, as centrais sindicais recorreram ao Ministério Público para que as falácias apresentadas pela campanha sejam esclarecidas, como por exemplo, o discurso de que os reajustes salariais se dão com base no aumento dos preços nas tarifas de ônibus, tarifas bancárias, nas passagens aéreas, que prejudicam a população. Estas veiculações apresentam informações que não verdadeiras, entre elas dos bancos dizerem que as tarifas bancárias aumentam em função do reajuste salarial. Sabemos que os bancos realizam o pagamento dos bancários somente com uma parte do que eles arrecadam com tarifas, o restante é lucro. Estamos agindo para que nosso direito de greve não seja difamado e a população não continue sendo enganada. Greve é direito de todos os trabalhadores", destaca o presidente do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso, Arilson da Silva.