As interrupções no fornecimento de internet via cabo foram alvo de reclamações da Associação Comercial e Empresarial (ACES) e Câmara de Dirigentes Lojistas no Procon de Lucas do Rio Verde. Em termo de reclamação de ofício, o órgão de defesa do consumidor confirmou notificação da empresa responsável para que ofereça o serviço com qualidade, conforme previsto nos contratos firmados com os clientes, e apresentação no prazo de 15 dias de plano de ação, para ampliação e adequação da tecnologia disponibilizada no município.
No documento, o Procon ressalta que o problema “acontece há meses, mas acentuou-se no início deste mês, no dia 1º quando em nossa cidade ficamos por cerca de 5 horas consecutivas sem a disponibilidade do serviço de internet, estendendo-se durante os dias 02,03,04 e 05, porém em períodos menores de tempo, tendo novo ápice no dia 06, quando novamente o serviço foi suspenso pelo período de 4 horas”.
O Procon informou que o problema não se restringiu somente a Lucas, mas na região Norte, e destacou danos a empresas e usuários individuais, na área de educação e inclusive no judiciário. “Impossibilitando aos comerciantes que realizassem negócios por não poder consultar os órgãos de proteção ao crédito, que não puderam realizar vendas com recebimento no cartão de crédito e débito, impossibilitando aos órgãos públicos de realizarem atendimento a população por não acessarem os seus sistemas, atingindo todos os poderes inclusive o judiciário, causando danos ao sistema de saúde, impossibilitando consumidores de utilizarem seus planos de saúde”.
No ofício, o Procon também notifica a empresa cumprir ampliação de portas de acesso a internet banda larga no município de Lucas do Rio Verde, pois a maioria dos bairros não dispõe do serviços; ressarcir os danos materiais efetivamente causados aos consumidores, por meio de simples reclamação no SAC da reclamada, cumprindo a legislação.
As falhas no fornecimento do serviço também foram alvos de reclamações também no Procon de Alta Floresta. Em Sinop, a Associação Comercial e Empresarial também recorreu ao órgão, e a Câmara de Dirigentes Lojistas ao Ministério Público Federal. Representantes da empresa e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) foram intimados para uma audiência a ser realizada no dia 30, para que soluções sejam apontadas.