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Suspensão de obras no Pará prejudica produtores de MT

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A decisão da presidente Dilma Rousseff de suspender as obras da Hidrovia do Tocantins e do Porto de Marabá, ambas no Pará, trarão prejuízos ao setor produtivo de Mato Grosso. Em entrevista ao Só Notícias, o coordenador do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz, explicou que tanto a hidrovia quanto o porto são essenciais para que os produtores mato-grossenses, principalmente os localizados na região do grande Araguaia, escoem a produção via Pará. Com isso, seria reduzido o quilômetro percorrido, em conjunto com a utilização de um transportes mais barato: a hidrovia.

A paralisação das obras foi anunciada em discurso no plenário pelo senador paraense Flexa Ribeiro (PSDB), na semana passada. Vaz disse que o sonho dos produtores de Mato Grosso era ver estas obras prontas já para a safra 2012/13. No entanto, com esta paralisação das obras, este prazo fica extremamente prejudicado. Como as obras foram suspensas recentemente, devido aos escândalos de corrupção no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), ainda não há nenhum prazo previsto para que as licitações sejam retomadas e a conclusão estipulada.

Com isso, os produtores rurais do Estado continuarão na dependência dos portos de Paranaguá (PR) ou Santos (SP) para manter o escoamento da produção agrícola estadual. O que prejudica com o encarecimento do produto devido ao frete feito via rodovia para uma longa distância.

Conforme Só Notícias já informou, outro prejuízo para o Estado é o atraso na licitação para as obras da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO) no trecho entre Campinorte (GO) a Lucas do Rio Verde e também do trecho entre Campinorte (GO) a Água Boa. Vaz afirmou que a suspensão desta obra se deu por ela estar em cima de um projeto básico. A presidente Dilma Rousseff determinou, a partir de agora, que todas as licitações de obras passem a ser licitadas em cima dos projetos executivos. Com isso, explica ele, a presidente acredita que poderá diminuir o número de aditivos e o consequente encarecimento na realização das obras.

Devido a esta determinação, a obra não deve ficar pronta em menos de cinco meses. Vaz explicou que este é o prazo necessário para que toda a licitação seja refeita.

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