O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Madeireiras (Sintaf), Antônio Carlos Silva, acredita que a união dos 8 sindicatos da categoria no Estado poderá fortalecer a busca por melhores condições de trabalho e salariais. Antônio reforça que cada região tem sua diversidade e que acaba resultando na elaboração de pautas diferentes. No entanto, o diálogo entre os sindicatos pode proporcionar resultados melhores. “Equilibra um pouco as negociações e podemos conseguir resultados maiores”, destacou. A ideia da união é, pelo menos, criar um salário padrão entre as oito regiões. “Tem regiões que fecharam o piso em R$ 575, que é muito baixo, e isso só vai enfraquecendo. Com regiões fechando mais baixo, ainda temos dificuldade de garantir salários melhores”, afirmou. Ele espera reunião com o Sindicato dos Madeireiros do Extremo Norte (Simenorte) que possa finalizar as negociações para reajuste salarial dos trabalhadores das madeireiras da região de Alta Floresta.
Ao todo são oito sindicatos instalados entre as cidades de Cuiabá, Cáceres, Rondonópolis, Sinop, Alta Floresta, Sao José do Rio Claro, Colíder e Juara. Conforme Antônio, a proposta ainda está sendo discutida e não é certa se pode sair do papel, no entanto, caso ocorra, o presidente acredita que poderá fortalecer a categoria dos trabalhadores.
Enquanto isto, Antônio espera para agosto uma reunião com o sindicato patronal e, deste modo, concluir as negociações que começaram ainda no primeiro semenstre. Conforme Só Notícias informou, o último encontro entre os representantes dos dois sindicatos ocorreu em maio, quando o Simenorte apresentou a proposta de 6,3% de aumento e implantação do salário mínimo de R$ 620, que acabou rejeitada pela categoria, considerando insuficiente para repor perdas inflacionárias dos últimos 12 meses.
Os trabalhadores pleiteiam piso salarial de R$ 650 e reajuste de 8%. Quando concluídas, as negociações beneficiarão aproximadamente 1,3 mil funcionários entre Alta Floresta, Carlinda, Apiacás e região, que no ano passado conseguiu reajuste de7%.