A venda de 1,06 milhão de cotas de consórcios, de janeiro a maio deste ano, equivale a um aumento de 28,1% em relação às 827,3 mil vendidas em igual período do ano passado. Em valores, a comercialização somou R$ 32,5 bilhões – 41,3% a mais que os R$ 23 bilhões registrados nos cinco primeiros meses de 2010.
Os números foram divulgados pelo presidente executivo da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), Paulo Roberto Rossi. Ele associa a expansão do setor ao crescimento da economia e à confiança do cotista na segurança que o consórcio oferece para aumento patrimonial com menor custo e de forma planejada.
Segundo Rossi, a Abac contabilizou estoque de 4,32 milhões de consorciados ativos em maio, ou 11 ,3% a mais que os 3,88 milhões de participantes de janeiro a maio do ano passado, com evolução em todos os segmentos do setor. A busca por grupos de veículos leves (automóveis, utilitários e camionetas) cresceu 57%, e de veículos pesados (caminhões, tratores, máquinas agrícolas e implementos) aumentou 35,6%.
Houve expansões também de 21,3% nos grupos de motocicletas e de 15,4% na busca por imóveis (casas, apartamentos e galpões). Mas a maior evolução (de 208,3%) ocorreu no mais novo setor de atuação dos consórcios: a prestação de serviços.
Com base em números da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a Abac diz que dos 1.031.148 veículos leves de fabricação nacional vendidos nos primeiros cinco meses do ano, 114.050 (11,1%) foram contemplados em consórcios. Isso indica também que dos 229.395 imóveis financiados pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), 32.650 (14,2%) saíram de consórcios.
Rossi acrescenta que dos 79.797 veículos pesados vendidos no período em análise, 11.675 (14,86%) foram contemplados. Mas a maior participação de mercado, segundo ele, foi em relação à venda de motocicletas. Mais de 30% delas saíram de consórcios, com destaque para as regiões Norte (47,3%), Nordeste (38,6%) e Centro-Oeste (30,6%). Sudeste (13,7%) e Sul (13,3%) venderam abaixo da média.