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Malha ferroviária em MT será ampliada até 2012

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Malha ferroviária estará ampliada em Mato Grosso até 2012, com a conclusão da ferrovia Senador Vicente Vuolo (Ferronorte) até Rondonópolis e da Ferrovia de Integração Centro Oeste (Fico) até Lucas do Rio Verde, segundo informações apresentadas nesta segunda-feira (20), durante seminário Desenvolvimento e Ferrovias, na sede da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt). Na ocasião foi assinado Termo de Compromisso entre governo do Estado, Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S.A., para elaboração dos estudos de viabilidade econômica e projetos do trecho da Ferronorte de Rondonópolis a Cuiabá.

Na primeira fase serão investidos R$ 14 milhões, além dos R$ 800 milhões já aplicados na construção da ferrovia entre Alto Taquari e Rondonópolis. Na ampliação da Fico, que irá interligar Mato Grosso a Goiás, serão aportados R$ 6,4 bilhões, sendo R$ 4,1 bilhões em território estadual. A ferrovia, com 1,638 mil km de extensão, integrará Vilhena (RO) a Campinorte (GO), chegando até Lucas do Rio Verde, permitindo transportar por ano 20 milhões de toneladas de grãos, minérios e etanol.

No Estado irá passar pelos municípios de Água Boa, Gaúcha do Norte e Nova Ubiratã. Nestas regiões serão construídas fábricas de dormentes e etanol, segundo o diretor-presidente da Valec, José Francisco das Neves. "Nova Ubiratã será um polo de carregamento de cargas". Neves garante que será possível concluir a obra dentro da data programada. "O trecho de conclusão em Mato Grosso é muito fácil, é só aproveitar o período de seca".

Sobre a Ferronorte, o presidente da Valec assegurou que agora a obra "vai sair do papel", após devolução da concessão pela América Latina Logística (ALL). Secretário-extraordinário de Acompanhamento da Logística Intermodal de Transportes (Selit), Francisco Vuolo, explica que o objetivo do governo não é apenas garantir a continuidade da Ferronorte, mas expandi-la até Lucas do Rio Verde e posteriormente até Santarém (PA) ou Porto Velho (RO). Superintendente de Serviços de Transporte de Cargas da ANTT, Noburo Ofugi, lembrou que alguns problemas têm atrasado a regulamentação das obras e concessões ferroviárias, como contratos antigos, subutilização das ferrovias e teto tarifário. "Por isso estamos editando algumas resoluções, estabelecendo metas de operação, evitando que as empresas privilegiem corredores mais rentáveis". Na opinião do presidente da Frente Parlamentar Mista Ferrovias e deputado federal, Pedro Uczai (PT/SC) o modal ferroviário é vantajoso por permitir o barateamento de frete, sustentabilidade ambiental e conexão com outros modais.

Para coordenador executivo do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz Ferreira, é preciso investir no transporte multimodal. "Até 2015, cerca de 5 milhões (t) de grãos serão escoadas de Mato Grosso via rio Madeira, após transportadas até Porto Velho em Rondônia e até Itacoatiara no Amazonas". Hoje, são retiradas por essa via de escoamento 3 milhões de toneladas de grãos. O restante segue para os portos do Sul e Sudeste.

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